“Operador Logístico deve ser visto como ator fundamental para o País"

Marcella Cunha diretora executiva da ABOL“Operador Logístico deve ser visto como ator fundamental para o País"
À frente da Associação Brasileira dos Operadores Logísticos desde o início de abril, Marcella Cunha pretende aproximar o setor da sociedade civil, além de melhorar a comunicação com as autoridades públicas.
Se a pandemia do coronavírus foi responsável por escancarar a essencialidade dos Operadores Logísticos (OLs) para o desenvolvimento das mais diversas atividades econômicas do país, a nova diretora executiva da ABOL, Marcella Cunha, está pronta para consolidar a importância dessa categoria junto à sociedade civil e autoridades públicas. À frente da Associação desde o início de abril, a executiva deixa claro o seu objetivo de garantir a valorização e o reconhecimento do setor, capaz de gerar renda para mais de 1,5 milhão de famílias, contribuir para o crescimento do e-commerce e abastecer diariamente milhões de casas e empresas em todos os cantos do Brasil.
Para que suas metas sejam alcançadas, Marcella já traçou um planejamento estratégico, que inclui participar ativamente das discussões em torno do Projeto de Lei 3757/2020, de modo que ele seja apreciado com celeridade, a reformulação dos canais de comunicação da associação, uma aproximação maior com os embarcadores e um estreitamento na relação com autoridades públicas, principalmente da esfera Federal. O objetivo principal é tornar a atividade mais palatável, de forma que o Operador seja visto como um ator fundamental e imprescindível em cada atividade econômica desenvolvida no país. Ou seja, sua atuação será em prol de um ambiente regulatório mais seguro, confortável e adequado ao setor. Dentro desse cenário, ela acredita que as redes sociais são essenciais para fazer com que as mensagens certas sobre o OL cheguem aos diferentes públicos.
“Uma das minhas grandes prioridades será ampliar as formas e os canais de comunicação da ABOL com o público em geral, dando à associação a ‘cara’ dos OLs e dos profissionais de logística que estão por trás do transporte, armazenagem e gestão de estoques no país”, destaca a executiva brasiliense, experiente nos setores de transporte e tecnologia. Quando se trata de garantir maior visibilidade aos Operadores, o PL 3757, apresentado em julho do ano passado e em tramitação na Câmara dos Deputados, tem papel fundamental e faz parte da primeira missão de Marcella na ABOL.
“Vou contribuir com as discussões em torno do Projeto de Lei, a fim de que seja aprovado com todo o cuidado e apoio da sociedade e dos parlamentares. A ABOL defende que o segmento tenha uma regulamentação clara, não restando dúvidas sobre o que é e o que faz um OL. E é isso a que se propõe o Projeto. Ao ser aprovado, ele garantirá o crescimento continuado e a modernização do setor, além de trazer maior segurança jurídica nas relações com os embarcadores e com os órgãos reguladores e de fiscalização. Além disso, a proposta pretende atualizar a centenária Lei de Armazenagem e harmonizar as diversas exigências normativas existentes para esse tipo de atividade”, explica.
Nesse contexto, a atuação de Marcella terá um caráter de continuidade de um processo iniciado ainda em 2012, ano de fundação da ABOL. Isso porque, ela considera que a gestão anterior fez um trabalho primordial ao solidificar as bases da Associação em princípios e valores republicanos, em prol do desenvolvimento da logística no Brasil. A nova diretora observa que as contribuições técnicas da instituição para que o texto do PL de fato refletisse a realidade e as mudanças que os Operadores almejam e os armazéns precisam, são frutos desse trabalho sério e comprometido iniciado oito anos atrás.
A executiva caracteriza, ainda, o PL como uma vitrine, sendo usado para atrair e engajar cada vez mais as 29 empresas associadas, além de agregar outras companhias do ramo, gerando valor e fazendo com que elas se sintam devidamente representadas. Para Marcella, a ABOL é o ambiente certo para desenvolver projetos responsáveis por alavancar o setor que, para a grande maioria, ainda é composto por agentes invisíveis, sem direitos e deveres harmonizados.
“O foco estará justamente em reunir e refletir na ABOL as formas como os gestores das associadas vêm se apresentando ao mercado, ou seja, como um prestador de serviço essencial, versátil e adaptável a demandas novas ou específicas e que investe em tecnologia, capacitação de ponta e na otimização e modernização dos processos internos”, finaliza.
Foto: Marcella Cunha, diretora executiva da ABOL (divulgação)

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