Alemã Huber Technology aposta em alternativa eficaz para tratamento de efluente no Brasil


22/02/2012 -  
Alemã Huber Technology aposta em alternativa eficaz para tratamento de efluente no Brasil

aguaMembrana de ultrafiltração garante tratamento de água com  padrão mundial de qualidade. Indústrias e cidades têm aderido ao Sistema.
 
Mesmo em países como o Brasil, que desfruta de abundância de água, o consumo consciente está se tornando urgente em nível mundial. De acordo com levantamento realizado pela Unesco (*1), se a população aumentar em 65% nas próximas duas décadas, conforme apontam as previsões, cerca de 70% dos habitantes do planeta enfrentarão deficiências no suprimento de água, dos quais 16% não terão água  suficiente para produzir sua alimentação básica. A Organização das Nações Unidas (ONU) prevê que água potável e limpa e saneamento básico ambiental são direitos humanos que devem ser garantidos em primeiro lugar aos cidadãos. Em ordem de prioridade, a indústria ocuparia o quinto lugar. No entanto, é hoje o segundo grupo que mais utiliza água, precedido apenas por irrigação agrícola.
O manual da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) tenta conscientizar o setor industrial a usar a água de forma sustentável, adotando práticas como o uso racional e eficiente da água. A prática, no entanto, é outra e as indústrias acabam transformando água potável em solvente, meio de transporte e até como meio de resfriamento para a linha de produção. “Se as indústrias usassem apenas para motivos fundamentais como incorporá-la ao produto e outros pequenos usos, elas reduziriam o consumo para uma média de 3%”, avalia Marco Aurélio Silva, diretor da HUBER do Brasil. “Temos, portanto, um grande espaço para o reúso e tratamento de efluente em indústrias”.
De olho nesta oportunidade, empresas de saneamento como Sabesp, Cedae, Departamentos de Águas e Esgotos municipais (DAEs municipais), além de concessionárias privadas como Águas do Brasil e Foz do Brasil, já estão vendendo água de reúso para indústrias a um valor menor do que pagam pela água potável. Na região de São Paulo, por exemplo, o valor pago por mil litros de água de reúso é de R$ 1,00 a R$ 3,00, enquanto o preço da água tratada convencional gira em torno de R$ 10,00. Estudos feitos pela USP (*2) junto a mais de 2,3 mil indústrias, em diferentes regiões de São Paulo, revelam que o pagamento pelo uso dos rios corresponde a um total de R$ 3,8 milhões por dia. Caso 60% do consumo tivesse como origem água de reúso, o valor diminuiria para R$ 943 mil.
O reúso de água em indústria é historicamente comum. As siderúrgicas, por exemplo, obtêm desde os seus primórdios a chamada água cinza (não potável) que é bastante utilizada em alguns estágios da linha de produção. Desde 1998, um novo processo vem chamando a atenção dos industriais: reúso através de membranas, que prevê devolver a água para a produção após seu uso e tratá-la para adquirir altos padrões de qualidade, chegando, por vezes, a serem superiores ao da água potável. “Hoje conseguimos atingir com membrana uma qualidade de água que supera as exigências da lei Californiana título 22”, comemora Marco Aurélio. A lei título 22 estabelece critério, os mais rígidos do mundo, para recuperação de águas residuárias. No Brasil, o CONAMA n. 430, lei federal publicada em 13 de maio de 2011, já se equipara mundialmente ao nível de exigência para eliminação de efluente e está em vigor em diversos Estados que não atendem a uma lei estadual mais severa como em São Paulo, onde o Artigo 18 do decreto Nº 8.468, de 08 de setembro de 1976 traz exigências ainda maiores e tem feito com que muitas indústrias migrem para outras regiões do País. “Nossas leis são boas. O grande problema que enfrentamos é a falta de fiscalização”,
Atualmente no Brasil, os setores automobilísticos e siderúrgicos são os que mais apostam nos benefícios do reúso de água tratada com membrana, pois além de proporcionarem um significativo impacto no custo de produção, que com a prática do reúso pode cair em até 20% em cada indústria, estas empresas se tornam independentes de fonte externa de água. Neste cenário, a alemã HUBER Technology decidiu se instalar em 2010 no Brasil. Trata- se de uma das empresas líderes no mundo em tratamento de efluente, presente em mais de 60 países e com projetos que se tornaram verdadeiros cases mundiais. “A HUBER vê no Brasil um mercado com grande capacidade de absorção de tecnologia de reúso de água. Diversas áreas são passíveis de aplicação desta tecnologia, desde indústrias dos mais diversos tipos, municípios com possibilidade de venda da água para indústrias locais e irrigação de areas verdes, prédios comerciais como shopping centers, hotéis, resorts etc.”, analisa Marco Aurélio Silva, diretor da HUBER do Brasil. Nos últimos cinco anos, a HUBER vendeu através de representantes, para o projeto Onda Limpa, da Sabesp, e para projetos criados e desenvolvidos pela Neotex Consultoria Ambiental para Canatiba Têxtil e Coteminas, duas das maiores indústrias têxteis do mundo.
 
(*1) “The Ethics of Freshwater Use: A Survey”, 2001 [Lord Selborne- presidente da Subcomissão sobre a Ética da Água Doce da COMEST (Comissão Mundial sobre a Ética do Conhecimento Científico e Tecnológico)]
(*2) Estudo coordenado pelo pesquisador Ivanildo Hespanhol, diretor do Centro Internacional de Referência em Reúso de Água (CIRRA), da USP.
 
Sobre
A HUBER Technology é uma empresa de atuação global líder no tratamento e reúso de águas municipais, efluentes industriais e tratamento de resíduos, com mais de 30 mil equipamentos e sistemas instalados ao redor do mundo. Conta com faturamento anual de US$ 250 milhões de dólares e está presente em mais de 60 países. Abriu no ano passado sua primeira filial no Brasil. Na sede, em Berching, Alemanha, mais de 900 funcionários desenvolvem sistemas, produtos e gestão de projetos para clientes comerciais, industriais e municipais. Mais informações sobre a HUBER:  http://www.HUBER.de

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