À frente do seu tempo

15/03/2012 - À frente do seu tempo

* Renato Giusti

leitorO Brasil vem passando por grandes transformações nas últimas duas décadas. Com a estabilidade econômica e política, o país recuperou a credibilidade internacional, conquistou o título de grau de investimento pelas agências de avaliação de risco, botou de pé um plano de crescimento de longo prazo, e cada vez mais tem recebido investimentos estrangeiros. Além disso, vai sediar grandes eventos esportivos que abrem novas oportunidades de investimento, principalmente em infraestrutura.

Com o novo status conquistado, o país transformou-se num canteiro de obras: estradas, aeroportos, complexos esportivos, centros comerciais, hospitais, escolas, obras de saneamento, ruas, praças, centros de lazer e a sonhada casa própria para milhares de famílias brasileiras.

Nesse contexto, a indústria brasileira do cimento tem importante papel a desempenhar, no sentido de oferecer suporte necessário para a melhoria da habitação e da infraestrutura e, consequentemente, para o crescimento sustentável do país.

Mas o aumento da capacidade de produção não é a única prioridade do setor. A indústria brasileira de cimento é reconhecida internacionalmente por seu excelente desempenho energético e ambiental e pela reduzida emissão de gases de efeito estufa. Essa posição é fruto de um grande esforço das empresas que realizam, há anos, ações para reduzir emissões, contribuindo no combate às mudanças climáticas, levando a nossa indústria a ser reconhecida mundialmente como a mais ecoeficiente.

Somente em 2010, a indústria brasileira de cimento, com apoio técnico da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), destruiu em seus fornos cerca de 1 milhão de toneladas de resíduos, por meio da tecnologia de coprocessamento.

Outra atividade do setor é investir em novos processos construtivos à base de cimento, sistemas industrializados capazes de aumentar a eficiência, a rapidez nas construções, a redução de custos e, sobretudo, a sustentabilidade das edificações.

A transferência da tecnologia dos pavimentos de concreto para importantes obras rodoviárias e urbanas por todo o país é outra das atividades importantes e permanentes.

E em todas elas a participação da ABCP (que completou 75 anos em 2011) tem sido fundamental.

Desde sua criação, a Associação trabalhou para melhorar a qualidade do cimento, do concreto, dos processos produtivos e construtivos, bem como para transferir constantemente as tecnologias, ampliando assim o conhecimento, por meio de cursos, palestras, eventos, feiras etc. Isto é, capacitar faz parte do DNA da ABCP.

Sempre em parceria com a indústria e instituições diversas, a ABCP mantém um laboratório de ensaios completo e moderno que presta serviços ao setor cimenteiro, à indústria coligada de materiais de construção e aos consumidores. Além disso, elabora pesquisas e projetos e mantém uma equipe de profissionais à disposição do mercado para consultoria e suporte a grandes obras da engenharia brasileira. Por isso somos reconhecidos nacional e internacionalmente pela excelência de nossos serviços o que nos leva a ganhar prêmios.

Não menos importante tem sido a contribuição da ABCP para a prática da qualidade no que se refere ao emprego do cimento e do concreto e de seus sistemas segundo as normas brasileiras, colaborando com o bem-estar da sociedade.

Afinal é edificante e prazeroso cuidar com dedicação e rigor do aperfeiçoamento do mercado da construção civil, da melhoria da qualidade de vida da população e do desenvolvimento do Brasil.

E tudo isso sempre em parceria com toda a cadeia da construção, porque ninguém faz nada sozinho.

Por tudo é difícil esconder o orgulho que nos invade e envaidece e essa postura de compromisso com o desenvolvimento do nosso país, o tempo não modificará nos próximos 75 anos que virão.

* Renato Giusti é engenheiro, presidente da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP)

 

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