Infraestrutura: porta do progresso

25/06/2011 - Infraestrutura: porta do progresso

HÉLCIO PETRÔNIO DE FARIAS*

O momento histórico do Brasil indica possibilidade de crescimento com investimentos na infraestrutura. A projeção da Petrobras, neste rumo, programa crescimento na demanda de asfalto e oportunidades para novos produtos. A infraestrutura de transportes é um dos principais pilares do desenvolvimento em todos os países. Investir na ampliação e conservação das rodovias, na modernização de aeroportos, ferrovias e portos, além da construção de novas hidrelétricas, significa progresso, geração de empregos, melhor distribuição de renda e bem estar para a população. O momento presente é histórico e oportuno para novos avanços. A proximidade das datas de dois eventos de repercussão mundial, a Copa do Mundo em 2014, e as Olimpíadas em 2016, indicam que é necessário correr contra o tempo, apressar a execução de obras indispensáveis. É preciso melhorar a fluidez do tráfego, facilitar a locomoção dos visitantes por boas estradas e artérias.

A perspectiva otimista de que sejam injetados recursos na infraestrutura de transportes por parte do governo federal, dos governos estaduais e municipais, levou a Petrobras a fazer uma projeção do consumo do asfalto, de modo a programar-se para atender a forte demanda, considerando a tendência do crescimento até 2014. Na previsão de demanda de ligantes asfálticos a Petrobras revela que o ano de 2010 foi marcado pelo aumento substancial dos investimentos em infraestrutura rodoviária, especialmente pelo Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). Os indicadores apontam que o crescimento, em 2006, foi de 27%. Em 2008, atingiu 28% e, em 2010, o crescimento chegou a 42%.

Conforme dados da Petrobras, o atendimento do mercado somente foi alcançado a partir de planejamento bem elaborado e pela mobilização operacional das unidades produtoras, no sentido de produzir e entregar os asfaltos de maneira eficiente, incluindo a implantação de melhorias no sistema de entregas das refinarias, aumento de estoque de segurança e implementação da nova sistemática de gestão e entregas de produtos asfálticos. Mesmo assim, para complementar o atendimento do mercado foi necessária uma operação de importação de asfalto a granel via marítima, suprindo em 9% o mercado, particularmente no Nordeste, onde havia carência do produto.

Diante da necessária execução de novas obras e da conservação permanente das rodovias, há de se levar em consideração o natural desgaste da malha rodoviária. Diante desse quadro, abrem-se oportunidades para o surgimento de novos produtos, com utilização de tecnologias, como o asfalto mais duro, com maior vida útil e que resiste melhor o aumento da frota de veículos pesados e o excesso de carga. Se o governo cumprir as metas de investimentos para que o Brasil possa atender as expectativas destinadas à realização dos dois grandes espetáculos esportivos que atrairão a atenção de todo o mundo, a previsão de consumo é de 3,7 milhões de toneladas de asfalto em 2014. A tendência deverá apresentar queda a partir da realização da Copa do Mundo, estimando-se que haja outro pico por volta do ano de 2020.
Na verdade, o Brasil surge como potência emergente, aproximando-se do Primeiro Mundo. Mas o crescimento, com reflexos positivos para toda a população, somente se efetivará com a destinação de recursos, em todas as esferas, para a infraestrutura. É preciso intensificar os investimentos porque a infraestrutura é a porta segura para o progresso.

* Hélcio Petrônio de Farias é engenheiro, assessor técnico do Sindicato da Indústria da Construção Pesada do Estado de São Paulo (Sinicesp)


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