Infraero contrata FDTE para gestão de obras em 15 aeroportos brasileiros

23/04/2012 - Infraero contrata FDTE para gestão de obras em 15 aeroportos brasileiros

O objetivo é implantar metodologia de gestão de obras visando economia de tempo e recursos
 
Em função do grande volume de obras de infraestrutura nos 15 aeroportos de todas as regiões do Brasil, a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) fechou uma parceria com a Fundação para o Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia (FDTE) para promover a modernização das técnicas de gerenciamento de projetos em suas obras. O objetivo é o desenvolvimento, a implantação e o acompanhamento de uma metodologia de gestão das obras dos aeroportos brasileiros, visando à redução do tempo e de custos desses procedimentos.
Segundo Nilton Nunes Toledo, diretor superintendente da FTDE, a gestão de projetos é uma prática moderna que vem sendo cada vez mais utilizada em todo o mundo. “Ela resulta em manuais de procedimentos testados e de eficácia comprovada, cujo rigor vai resultar em ganhos econômicos. A construção civil começa a buscar, cada vez mais, a aplicação destas técnicas”, afirma Toledo. Ainda segundo ele, a Infraero conta hoje com uma equipe preocupada e comprometida com esse tipo de modernização nos procedimentos, visando ganhos que vão se reverter em benefícios para a sociedade brasileira.
Segundo José Eirado, Diretor de Administração da Infraero, hoje cada obra acontece de forma independente, com uma administração própria e sem um ponto de centralização de dados e procedimentos. “A FDTE vai nos ajudar a centralizar o controle das operações e criar um procedimento que vai reger a forma como as obras acontecerão, trazendo eficiência e economia”, afirma.
O papel da FDTE, ligada à Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) é arregimentar cerca de 40 especialistas credenciados que irão atuar no projeto, que está previsto para dois anos e consiste em quatro fases: diagnóstico, implantação do sistema, acompanhamento e gerenciamento dos relatórios e criação de um manual de desenvolvimento de obras e empreendimentos.
O trabalho consiste, inicialmente,  no estabelecimento de um roteiro e de seu escopo, fase na qual se determina toda a abrangência do projeto. Segundo Nilton Toledo, é nesta fase que se recomendam possíveis revisões ou alterações. “Caso elas ocorram já no período de execução, atrasos e aumento nos gastos são mais prováveis”, explica.
O passo seguinte é a definição da estrutura analítica do escopo que responde a questão: para que esse projeto seja entregue, o que é preciso ser feito? Isso resulta na definição das atividades envolvidas e de seus custos. Com esse desenho, é estruturada a chamada Rede de Caminho Crítico – que define o prazo do projeto.
O projeto prevê também a criação de um sistema de comunicação e de controle que, além das pessoas para atuarem em Recursos Humanos e na Qualidade do Projeto e do Gerenciamento, vai demandar a avaliação e atualização dos softwares existentes ou o desenvolvimento de novas tecnologias. Para tanto, está prevista a criação de um escritório em Brasília para a centralização da coordenação das atividades, com pontos locais de atuação.
Todo esse trabalho vai envolver as obras de 15 aeroportos e terá duração de dois anos. Cada unidade terá um escritório próprio de gerenciamento, mas o principal escritório terá sede em Brasília e funcionará com um sistema eletrônico e com um banco de dados que armazenará o registro e o andamento de cada obra mantida pela Infraero. Já os três aeroportos que estarão sob concessão  serão objeto apenas na fase de diagnóstico (5 meses). Portanto, apenas nos 12 aeroportos  restantes é que serão implantados os Escritórios de Projeto que farão o acompanhamento e monitoramento das obras. “À medida que o trabalho avançar, será perceptível a redução de problemas no cumprimento dos prazos e no controle dos gastos”, afirma Toledo e completa: “São benefícios que contemplam toda a sociedade brasileira”.
 
Sobre a FDTE
Criada em 1972 por um grupo de professores da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (POLI), a entidade tem como objetivo estabelecer uma interface entre o ambiente acadêmico e o setor produtivo para criar um fluxo de informação e fomentar o desenvolvimento tecnológico da engenharia.
Ao longo de seus 40 anos, a FDTE é precursora de inúmeros desenvolvimentos tecnológicos. Participou de mais de 1.100 projetos voltados para a infraestrutura do país e realizados por equipes próprias e em parceria com universidades, para empresas do setor público e privado. Além disso, atua na qualificação de estudantes e profissionais de engenharia.
 
Sobre a Infraero
A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) é uma empresa pública de direito privado com o patrimônio próprio, autonomia administrativa e financeira. Sua finalidade é implantar, administrar, operar e explorar industrial e comercialmente a infraestrutura aeroportuária e de apoio à Navegação aérea. Constituída nos termos da Lei 5.862, de 12 de dezembro de 1972, a Infraero tem ainda a atribuição de prestar consultoria e assessoramento nas áreas de atuação, atribuição e construção de aeroportos e realizar outras atividades correlatas definidas pela Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, à qual é vinculada.
Prestando serviços que atende aos padrões internacionais de segurança, conforto e qualidade, a Infraero administra 66 aeroportos, opera 69 Grupamentos de navegação Aérea e 34 Terminais de Carga e mantém 50 Unidades Técnicas de Aeronavegação. A Infraero é responsável por cerca de 97% do tráfego aéreo regular no Brasil. Também ocupa posição de destaque no desenvolvimento econômico do País, principalmente nos aspectos relacionados à integração nacional em prol do desenvolvimento sustentável.

Banner
Banner
Banner

Site Login