BNDES anuncia R$ 1 bilhão de investimentos em empresas até 2014 por meio dos fundos de venture capital e private equity

18/04/2012 - BNDES anuncia R$ 1 bilhão de investimentos em empresas até 2014 por meio dos fundos de venture capital e private equity

Na abertura do Congresso ABVCAP 2012, o presidente da instituição, Luciano Coutinho, destacou a criação de novos fundos em diversos segmentos
O Congresso ABVCAP 2012, maior evento do setor de Private Equity e Venture Capital da América Latina, se iniciou, em São Paulo, com a notícia de que o BNDES vai investir R$ 1 bilhão até 2014 no desenvolvimento de empresas por meio de fundos de Venture Capital e Private Equity.
O anúncio foi feito pelo presidente do BNDES, Luciano Coutinho, que realizou a palestra de abertura do Congresso promovido pela ABVCAP (Associação Brasileira de Venture Capital e Private Equity), para uma platéia de cerca de 500 pessoas, reunidas no Grand Hyatt Hotel, na capital paulista.
O investimento de R$ 1 bilhão será feito por meio de todos os fundos do BNDES voltados ao setor de Private Equity, Venture Capital e capital semente. Ainda em 2012 o BNDES vai lançar dois fundos de Venture Capital em Tecnologia da Informação, um fundo multisetorial e dois fundos de Private Equity.  Também serão lançados os fundos Criatec II e Criatec III, dirigidos a empresas emergentes com foco em inovação.
“Nosso compromisso é investir R$ 1 bilhão em fundos nos próximos três anos, até 2014. E para cada R$ 1 real investido pelo BNDES, esperamos mais R$ 4 vindos do mercado, o que poderá multiplicar esses R$ 1 bilhão em R$ 5 bilhões, à medida que o mercado transita na direção de ativos com retorno elevado e que a taxa Selic cai”, afirmou o presidente do BNDES.
O BNDES dispõe atualmente de 29 fundos, entre fundos voltados ao capital semente e Venture Capital e outros 15 de Private Equity. Nos últimos sete anos o banco agregou mais 23 fundos, encerrou nove e parte desses fundos está amadurecendo. No total, esses fundos realizaram investimentos em 199 empresas.
“O que nós queremos - governo, BNDES, FINEP e ministérios - é impulsionar ainda mais a indústria de Venture Capital e Private Equity no País. Entendemos que o mercado, junto com o banco, é o canal mais eficiente para a gestão e alocação de capital”, ressaltou Coutinho.
Em sua palestra de abertura no Congresso ABVCAP 2012, o presidente do BNDES fez uma análise sobre o cenário internacional e brasileiro, e apontou diversos fatores que posicionam o País entre os mais atraentes para os investimentos de longo prazo. “O Brasil faz parte daquelas economias que podem contribuir para um crescimento mundial mais firme, em um quadro pouco animador das economias desenvolvidas”, afirmou Luciano Coutinho.
Segundo ele, o investimento deverá ser a mola propulsora do crescimento brasileiro. ”A grande missão do BNDES é buscar a ascensão da taxa de investimento e poupança para perto de 24% do PIB”, ressaltou Coutinho, ao citar que em 2011 a taxa de investimento se situou em 20,4%, e este ano deve chegar a 22% do PIB.
Para isso, o governo deverá atuar com o objetivo de diversificar as fontes de financiamento de longo prazo, fomentar a inovação e sustentabilidade, investir de forma crescente em infraestrutura, qualificar a força de trabalho para sustentar ganhos de produtividade e melhorar a competitividade da indústria brasileira.
 
VOLUME DE CAPTAÇÕES DO BRASIL
Depois do volume de captações ter atingido US$ 7 bilhões em 2011, mais do que cinco vezes superior ao montante total captado em 2010, que foi de US$ 1,1 bilhão – segundo dados da EMPEA (Emerging Markets Private Equity Association), o Brasil mantém perspectivas muito favoráveis para o ingresso de capital e os investimentos no setor. Estimativa da ABVCAP é que até junho o setor vai contabilizar de US$ 10 bilhões a US$ 15 bilhões entre recursos movimentados nos últimos 18 meses.
O Brasil respondeu por 18% de todo o volume captado por fundos de Private Equity em emergentes no ano passado e foi o segundo principal destino dos recursos captados pelos fundos no primeiro semestre de 2011 – atrás apenas da China. Os dois países juntos lideraram as captações dos países emergentes, com um US$ 23,7 bilhões, o equivalente as 61% do total de captações dos emergentes, que foi de US$ 38,6 bilhões. Além disso, segundo pesquisa publicada pela EMPEA e Coller Capital, o Brasil foi apontado como o País mais atraente para os investidores de PE entre os países emergentes.
“Temos atingido níveis surpreendentes de captação de recursos e criação de fundos, ao mesmo tempo em que cada vez mais gestores estão se instalando no País. Daqui para frente, a expectativa é que cresçam, com mais força, também os investimentos nas empresas”, afirma Clóvis Meurer, novo presidente da ABVCAP.
No Congresso ABVCAP 2012, são analisados e debatidos temas como o ambiente de investimentos de longo prazo no Brasil, os avanços no ambiente regulatório, a participação crescente dos investidores institucionais, a perspectiva de captação de recursos estrangeiros, a visão dos investidores internacionais, os setores que mais atraem interesse, bem como o cenário de investimentos e de IPOs.

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