FDTE comemora 40 anos de apoio à POLI e ao país

26/03/2013 - FDTE comemora 40 anos de apoio à POLI e ao país
 
Novo edifício Inova Poli, projetado por Ruy Ohtake, será um ícone da inovação dentro da Cidade Universitária de São Paulo
 
Em solenidade realizada no último dia 19 de março, no Instituto de Engenharia de São Paulo, a FDTE – Fundação para o Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia - comemorou seus 40 anos de uma atuação focada no desenvolvimento da engenharia e no apoio à EPUSP – Escola Politécnica da USP.
Durante o evento, foi anunciada a doação do projeto do edifício Inova Poli, iniciativa do Prof. Dr. José Roberto Cardoso, diretor da POLI, desenvolvido pelo arquiteto Ruy Ohtake e que será construído para abrigar o novo laboratório de inovação.
O Diretor Superintendente da FDTE, o engenheiro André Steagall Gertsenchtein, e o Diretor da POLI, Prof. Dr. José Roberto Cardoso, ressaltaram a importância da entidade para o fortalecimento da Escola, auxiliando em inúmeros projetos ao longo dos anos, que colaboraram com o desenvolvimento tecnológico do país. O engenheiro Plínio Assmann, ex-presidente do Metrô - Companhia do Metropolitano de São Paulo – para quem a FDTE desenvolveu vários projetos - reforçou que a entidade agrupa professores que trabalham pela tecnologia de São Paulo e do País. “Vários responsáveis por essa Fundação foram meus professores”, disse.
O engenheiro João Machado, diretor adjunto de operações da FDTE, contou que no ano passado a Fundação recebeu pedido do diretor da EPUSP para coordenar a contratação e desenvolvimento de projetos de um novo prédio para abrigar o futuro laboratório de inovação. “A FDTE assumiu o encargo, convidou oito escritórios de arquitetura para que apresentassem projeto preliminar. Foi selecionado o do arquiteto Ruy Ohtake, um projeto de vanguarda que colocará o novo edifício da Poli entre as principais obras de arquitetura do mundo”.
O arquiteto Ruy Ohtake manifestou sua satisfação pela escolha do seu projeto preliminar. “Procuramos imprimir uma expressão arquitetônica que identifique os propósitos do edifício Inova Poli. Desenho arrojado e inovador, contemporâneo e comprometido com o futuro”, afirma. Ohtake conta que criou um espaço de exposições com pé direito triplo no lobby do prédio, para apresentação e discussão dos trabalhos dos alunos da escola, seus projetos e protótipos. Nessa praça-exposição, segundo ele, acontecerá “um espetáculo de criação e inovação tecnológica”, afinal, abrangerá além da engenharia, áreas como da comunicação, design, vídeo e cinema.
A área será organizada por dois painéis de vidro, em dois tons de azul semitransparente e, fixadas nesse vidro, células hemisféricas fotovoltaicas envoltas em semiesferas de acrílico. Com cobertura em vidro semitransparente, a praça terá pé direito de 12 metros. Segundo Ohtake, da lanchonete do 1º andar poderá se ter uma visão surpreendente. “O projeto foi desenvolvido em quatro pavimentos procurando ensejar as melhores condições para a formação de novos politécnicos no bonito e desafiador caminho da inovação”, afirma.
Outra ação da entidade que mereceu destaque durante a cerimônia foi o trabalho que a FDTE está realizando para a INFRAERO sob o comando do engenheiro Cláudio Dall’Acqua, gestor de projetos e membro do Conselho Curador da Fundação.  O Projeto INFRAERO trata da criação de um escritório de gestão de projetos (PMO) para a viabilização de todos os empreendimentos da empresa. “É uma mudança conceitual na forma de gerir os empreendimentos com metodologia específica desenvolvida especialmente para a INFRAERO, capacitando e treinando seus líderes e gestores. Esse é o diferencial que a FDTE agrega ao projeto”, afirma Dall’Acqua.
 
Além da apresentação dos projetos, a FDTE homenageou os professores Doutor Antonio Hélio Guerra Vieira, Professora Doutora Edith Ranzini, Professor Nelson Zuanella, Professor Doutor Antonio Marcos Aguirra  Massola e Lucas Antonio Moscato, instituidores e membros da FDTE; Professor Doutor José Roberto Cardoso, diretor da POLI; e alguns funcionários, destacando Ken Yoshida, o primeiro profissional a ser contratado pela entidade.
A professora Doutora Edith Ranzini falou em nome dos instituidores e ressaltou a atuação do professor Emérito Antonio Hélio Guerra Vieira na criação da fundação, lembrando que na época ele contou com o apoio do professor Osvaldo Fadigas Fontes Torres, diretor da POLI e do então reitor da USP, o jurista Miguel Reale. “Havíamos desenvolvido, com recursos da POLI, o computador que ficou conhecido como Patinho Feio”. Por isso a Escola ganhou notoriedade e foi convidada pelo governo federal para criar primeiro computador brasileiro. “Entretanto, o dinheiro estava em Brasília e a USP aqui em São Paulo e a FDTE foi instituída, em 1º de dezembro de 1972, com o objetivo de possibilitar a transferência dos recursos federais para o projeto”, afirmou.
O reitor da USP, professor doutor João Grandino Rodas, ressaltou o papel, tanto da Poli para a USP quanto da FDTE para a Poli, incluindo seus professores e alunos. Comentou sobre a importância para o país dos inúmeros projetos desenvolvidos pela Poli com o apoio da FDTE. Citou como exemplo deste apoio a doação do projeto executivo do novo laboratório. “O edifício será um ícone da inovação rodeado pelos prédios históricos da universidade”, afirmou ao reforçar a idéia da Professora Doutora  Edith Ranzini, sobre a necessidade de renovação.
“Que esse ideal e fogo inicial trazido por aqueles que instituíram a FDTE possa continuar sendo passado aos jovens, porque a USP precisa muito dele e a POLI também. Sabemos que todas as profissões são necessárias à sociedade, mas sem a engenharia nós não teremos o progresso”, concluiu.
 
Via Verbo

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