Indústria de blocos tem capacidade para produzir 83 mil casas por mês

21/03/2013 - Indústria de blocos tem capacidade para produzir 83 mil casas por mês

Capacidade instalada da indústria brasileira de blocos de concreto cresce e alcança 100 milhões de blocos/mês, suficientes para erguer 83,3 mil casas de 50 m2 mensalmente

Os dados da pesquisa sobre a capacidade instalada de produção de blocos de concreto pelas indústrias brasileiras desse setor, realizada neste mês de março pela BlocoBrasil-Associação Brasileira da Indústria de Blocos de Concreto, mostram que os fabricantes têm hoje capacidade de produzir cerca de 100 milhões de blocos de concreto por mês. Esse volume de produção permitiria às construtoras e à autoconstrução erguer 83.333 unidades habitacionais de 50 m2 metragem média de habitações populares atualmente. “Essa é uma capacidade instalada de produção formidável, lembrando que, desde seu lançamento em 2009 até hoje, o programa Minha Casa, Minha Vida construiu c erca de 800 mil unidades no total, além das mais de 1,7 milhão de unidades contratadas”, exemplifica Marcelo Kaiuca, presidente da BlocoBrasil, a entidade que concentra os maiores fabricantes brasileiros do setor, responsáveis por mais de 70% do total produtivo.
Essas indústrias têm atualmente também a capacidade de produzir quase 2,7 milhões de metros quadrados de pisos intertravados de concreto, segmento que vem se expandindo ano a ano, com o crescimento do uso desse tipo de pavimento em calçadas, ruas, parques, estacionamentos, portos, entre diversas outras aplicações.
A pesquisa foi desenvolvida em quatro regiões brasileiras (NE, CO, SE e S), com as 150 maiores indústrias do país, das quais aproximadamente metade são associadas à BlocoBrasil. Esses fabricantes produzem blocos de concreto em conformidade com as normas brasileiras da ABNT e mostram um crescimento da capacidade produtiva em torno de 40% em relação à mesma pesquisa realizada em 2010.
“Esta é uma boa notícia para os compradores de blocos de concreto, pois esses números representam uma garantia firme de que não faltará esse insumo fundamental, os blocos de concreto, especialmente aos programas habitacionais e ao mercado imobiliário brasileiro, os principais segmentos compradores de blocos e pisos intertravados de concreto’, avalia Kaiuca. Por outro lado, alerta ele, esses números também são preocupantes, por evidenciarem o fato de que a oferta de blocos hoje no Brasil está começando a ficar acima da demanda: o Rio de Janeiro, por exemplo, teve sua capacidade produtiva multiplicada por três nos últimos três anos, passando de cerca de 6 milhões de blocos/mês para 21 milhões de blocos/mês de capacidade total, hoje. “Isto traz riscos para a sustentabilidade econômico-financeira das empresas que entraram nesse mercado ou ampliaram significativamente sua capacidade instalada”, observa Kaiuca.

Mandarim Comunicação

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