Vendas do varejo de material de construção crescem 4% em agosto

04/09/2017 - Vendas do varejo de material de construção crescem 4% em agosto
 
Desempenho do setor no ano é 3% acima do mesmo período do ano passado. Nos últimos 12 meses, ainda há retração de 2%.
 
As vendas do varejo de material de construção cresceram 4% em agosto, na comparação com o mesmo período de 2016. Na comparação com julho de 2017, o índice se manteve estável no mês. Os dados são da Pesquisa Tracking mensal da Anamaco, que entrevistou 530 lojistas entre os dias 27 a 31 de agosto.
 
“Com esses resultados, o volume de vendas no ano apresenta alta de 3%, se comparado ao mesmo período do ano passado. Já nos últimos 12 meses, ainda estamos com retração de 2%”, explica o presidente da Anamaco, Cláudio Conz.
 
Segundo o estudo, o desempenho em agosto foi diferente nas regiões do país. No Sudeste, metade das lojas do setor apresentaram desempenho estável no mês, já no Centro-Oeste e Sul, as lojas retraíram 4% e 2%, respectivamente. No Norte e no Nordeste, no entanto, as vendas tiveram crescimento de 3% e 4% no período.
 
“Os patamares também variam de acordo com as categorias pesquisadas. Cimento, por exemplo, ficou estável com relação ao mês anterior, enquanto tintas, telhas de fibrocimento e revestimentos retraíram. Apesar disso, temos notado um aumento contínuo de vendas de materiais básicos, o que indica que o país ainda passa por uma retomada de obras e reformas”, completa Conz. “As pessoas seguraram os gastos no setor o quanto puderam, mas chega uma hora que é preciso retomar a obra parada ou iniciar aquela reforma que elas já vinham planejando há algum tempo. O momento é de retomada da confiança do consumidor e isso faz com que o nosso setor volte a se movimentar”, completa.
 
De acordo com a Anamaco, o segundo semestre, tradicionalmente, corresponde a 65% do volume de vendas no ano e a previsão é que até o final de 2017 o setor apresente crescimento de 5% sobre 2016. Por conta do “Bus Tracking”, que é a possibilidade de incluir perguntas carona juntamente à pesquisa mensal desenvolvida pela Anamaco, 52% dos lojistas responderam que devem fechar o ano com crescimento de até 10% na comparação com o ano passado.
 
“Há um sentimento de forte retomada das vendas em 2017, o que é natural depois de termos passado por dois dos piores anos da nossa série histórica”, afirma Conz, completando: “Em agosto, a CAIXA anunciou redução das taxas de juros do Construcard, além da disponibilização de novos limites pré-aprovados para os clientes. Isso deve influenciar e muito as vendas no setor, pois a linha se torna mais competitiva e faz com que outros bancos também melhorem suas taxas de juros, ampliando o acesso ao crédito para o consumidor final, com melhores condições de pagamento. Fora isso, até dezembro a CAIXA deve permitir que o cliente contrate o Construcard na própria loja, reduzindo a burocracia hoje existente para a liberação do financiamento e permitindo que o lojista fidelize o cliente que entra na loja buscando mais informações sobre a linha”, ressalta.
 
Cerca de 1/3 dos entrevistados pretendem fazer novos investimentos nos próximos meses, e 12% têm a intenção de contatar novos funcionários já no mês de setembro. A pesquisa da Anamaco também indicou que 33% dos lojistas acreditam que terão um aumento no volume de vendas de até 10% no mês de setembro.
A Pesquisa Tracking Anamaco tem o apoio da Anfacer, Abrafati e Instituto Crisotila Brasil.

Sobre a Anamaco - A Anamaco - Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção - é uma entidade de classe, sem fins lucrativos, que funciona como interface entre os órgãos governamentais e as Acomacs e Fecomacs, demais entidades, fabricantes e comerciantes de material de construção. Em 2017, a entidade comemora 53 anos de fundação de seu sistema associativista.
O nosso papel é desenvolver ações junto ao poder público apresentando sugestões e projetos que têm por objetivo aumentar as vendas de material de construção, promovendo o desenvolvimento do setor e do país como um todo. A Anamaco também promove discussões em torno de assuntos que podem interferir diretamente na cadeia produtiva da Construção, como questões ligadas à tributação, projetos de lei etc.
Com cerca de 148 mil lojas em todo o país (incluindo 136.868 lojas varejistas e mais de 12 mil lojas atacadistas), o setor de material de construção é parte integrante do complexo denominado de ConstruBusiness, que representa 9,1% do PIB brasileiro. Cada R$1 produzido na construção gera R$ 1,88 na produção do país. As atividades da cadeia ocuparam 11,3 milhões de pessoas em todo o país em 2014, sendo que comércio e serviços correspondem a 16,2% desse total. A cadeia da construção é o 4º maior gerador de empregos do país e remunera seus trabalhadores 11,7% mais do que os outros setores da economia. Em termos reais, o valor adicionado pelo comércio de material de construção cresceu a uma taxa de 8,5% ao ano entre 2007 e 2014, e o emprego expandiu-se a um ritmo de 6,5% ao ano.

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