Seminário traduz a força do setor de fundações e geotecnia

20/06/2012 - Seminário traduz a força do setor de fundações e geotecnia

Durante quatro dias, cerca de cinco mil pessoas entre visitantes, engenheiros, técnicos e pesquisadores da indústria de fundações e geotecnia trocaram informações, fizeram negócios e debateram as questões mais relevantes do setor que é responsável por 4% do PIB da construção civil. Paralelamente, a primeira feira demonstrou a força da indústria de fundações e geotecnia e deve aumentar na próxima edição do SEFE.
Foram mais de 30 eventos entre conferências, palestras, sessões técnicas, mesas redondas, debates no 7º Seminário de Engenharia de Fundações Especiais e Geotecnia nos quatro dias em que o evento ocupou uma área de 7 mil m² do Transamérica Expo, em São Paulo (SP). Durante o evento aconteceu a primeira Feira da Indústria de Fundações e Geotecnia que reuniu as maiores empresas e fabricantes que no ano passado faturou cerca de R$350 milhões.

Os eventos mostraram a força e a pujança do setor. Até pouco tempo, as empresas participavam de eventos descentralizados, diz Rodrigo Cordeiro, diretor executivo da Aqua Consultoria, organizadora do evento ao lado da ABEF  Associação Brasileira de Empresas de Engenharia de Fundações.
No cálculo da organização, de cada três visitantes, três são clientes. A margem de acerto é de 100%. É um público focado, vem aqui quem tem interesse e toma as decisões. Temos mais de 18 países representados e cinco mil visitantes, isso mostra a consolidação do mercado, comemora Cordeiro.
Para o diretor executivo, o seminário foi um sucesso e os especialistas técnicos enviados pelo DFI  Deep Foundations Institute, que reúne o setor de fundações nos Estados Unidos, fez a diferença no SEFE7. A presença do DFI trouxe um engrandecimento técnico perfeito ao núcleo do evento. Os temas foram bem escolhidos e atenderam a expectativa dos visitantes, explica.

 


Congressistas e empresas estão otimistas

O clima de satisfação com o evento não foi só entre as empresas que participaram. Congressistas vindos de todas as partes do Brasil e do exterior também comemoram. O professor de fundações da UERJ  Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Marcos Pacheco, participou de todas as edições do SEFE. Este para mim foi o melhor porque está embasado na realidade do país, os outros aconteceram em momento de crise, esse aqui capta o momento da realidade da engenharia brasileira. Foi marcante a primeira conferência que tratou de fundações na Europa. Não diria que estamos atrasados, com o mundo globalizado é natural que a gente adquira experiência do exterior, o que precisa é continuar a ter obra, se as obras continuarem, nós continuaremos avançando, com certeza.

Roney de Moura Gomes, do Instituto Alberto Luiz e Coimbra de Pós Graduação e Pesquisa de Engenharia, compareceu ao Seminário interessado na área de tecnologia. Gostei muito da parte de interferência em escavações urbanas que um grupo de Portugal apresentou e um novo sistema de ancoragem que parece uma tendência que veio para ficar, afirma o engenheiro.
Debora Cristina Rodrigues, área comercial da Costa Fortuna, que também foi uma das patrocinadoras, comemora as visitas no stand da empresa. Está sendo muito importante e estamos tendo vários retornos, nosso gerente técnico apresentou duas palestras, uma sobre parede diafragma com execução de Hidrofresa, outra sobre uma obra portuária que fizemos na Baixada Santista. Acho que o Brasil ainda está escasso de equipamento e temos que apostar em novas execuções e melhorar nossos equipamentos para aperfeiçoarmos os resultados, diz Debora.
A Terratest Brasil que participou pela primeira vez do Seminário faz uma avaliação positiva do evento. Recebemos em nosso stand executores, projetistas e consultores e o fluxo de clientes foi grande, diz Jonny Altstadt Jr, diretor da empresa. O Seminário está bem coerente com os acontecimentos do mercado, os temas são atuais e de bom conteúdo técnico, elogia. Queremos fortalecer a associação e participar de forma atuante com ideias, com troca de experiência, tudo para o setor se consolidar ainda mais.


Finalmente, a relevância merecida

Uma observação feita pela totalidade dos entrevistados é a relevância merecida que o setor de fundações teve nesta edição do evento. É relevante não apenas no aspecto construtivo, mas principalmente no valor da obra e para a estrutura como um todo, embora muitas vezes seja tratada de forma leviana e desinteressada, ressalta Alessandro Vecchi, do departamento de marketing da Scac Soluções e Estruturas. Por ficar escondida, a fundação não têm o glamour das edificações, mas se não receber a atenção necessária compromete toda a obra, diz ele.

Para o gerente comercial da Geofix, engenheiro Jeronymo Peixoto Guimarães, a feira foi a oportunidade de encontrar clientes, ex-clientes e pessoas que não via há mais de 10 anos. O SEFE é muito similar aos eventos internacionais e esta foi a edição de maior sucesso. Também recebemos visitas de várias pessoas interessadas em apresentar serviços, peças e novas tecnologias. Enfim, foi uma feira excelente para prospecção de negócios, informa.
A Llamada também fez boas prospecções de negócios e, de acordo com o diretor-gerente da empresa, Joan Vicenc Herrero, a feira ganhou por estar focada no público do mercado de fundações. Já participamos de outras feiras da construção, porém esta é a mais segmentada. As palestras foram muito boas e a dimensão da feira está ótima porque num espaço pequeno consegue aproximar os fabricantes dos prestadores de serviço, observa.
Mas teve empresa que, além de prospectar, efetivou boas vendas. A CMV Brasil, com fábrica recém-instalada no país, vendeu as três máquinas apresentadas no estande e outras do portfólio. Uma delas foi a M4025, a mais nova da linha M de perfuratrizes da empresa, máquina que já dispõe de Finame por ter 75% de índice de nacionalização. Ele explica que apenas uma das vendas foi prospectada antes da feira, as demais foram geradas e efetuadas no evento. Na fábrica de 11 mil m², instalada na cidade de Vargem Grande Paulista (SP), a empresa tem duas linhas de montagem de perfuratrizes  uma da linha HG e outra da linha M  e a partir de outubro terão outra linha para a produção de martelos hidráulicos.

Time Press

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