Fusões e Aquisições no setor de mineração crescem 33% em 2011, segundo pesquisa da PwC

21/05/2012 - Fusões e Aquisições no setor de mineração crescem 33% em 2011, segundo pesquisa da PwC

Valor anunciado das transações foi de US$ 149 bilhões. Mercados emergentes representaram 17% das aquisições em volume no setor, somente no ano passado

Em 2011, o setor de mineração não foi poupado da crise. O valor da maioria dos metais de base diminuiu em pelo menos 20% e o desempenho anual de metais preciosos também não foi representativo, com exceção do ouro. No entanto, desconsiderando as oscilações do mercado, 2011 foi um ano importante para o segmento de fusões e aquisições. No período, foram anunciadas 2.605 operações, o segundo ano mais movimentado da história deste nicho, segundo Pesquisa Global de Mineração, realizada pela PwC.
O valor anunciado das transações foi de US$ 149 bilhões, valor 33% superior ao alcançado em 2010 e quase o dobro de 2009. Além disso, o montante ficou apenas dois pontos percentuais abaixo do registrado em 2006, ano de maior movimento para o setor.
Nas transações com valor acima de US$ 5 bilhões, houve um crescimento de 145% em relação a 2010 e 490% se comparado a 2009. Já nas operações entre US$ 1 bilhão e US$ 5 bilhões, foram anunciadas 23 transações que, mensuradas por valor, representaram um aumento de 14% em relação ao ano passado.
Abaixo de US$100 milhões, 1.355 operações no valor de US$36 bilhões foram anunciadas, montante recorde no setor.  Já as de médio porte contabilizaram 25 negócios de US$ 17 bilhões, uma redução de 6% em relação a 2010. Também no ano passado, apenas 107 operações de fusões e aquisições foram canceladas, o menor volume desde 2004.
Em linha com o que vem acontecendo em anos anteriores, compradores localizados nos Estados Unidos, Austrália e Canadá realizaram as operações de maior valor: as três regiões juntas representaram 53% dos valores anuais de aquisições, 7% a mais do que o registrado em 2010. Em termos de volume, os países também lideraram, com 57%, enquanto os mercados emergentes representaram apenas 17% das aquisições no setor no ano passado.
Entre os países que compõem o BRIC, o Brasil foi o que menos realizou fusões e aquisições, com 20 transações. No entanto, comparado com 2006, quando foram realizadas oito operações, houve um crescimento de 150%, o maior registrado no grupo. A China lidera, com 205 operações, seguida da Rússia, 90, e índia, com 26.
“Uma faceta interessante na área de fusões e aquisições envolvendo os mercados emergentes é que muitos compradores preferiram projetos localizados em seus próprios mercados. No Brasil, esse índice foi de 75%, enquanto no México alcançou 100%”, destaca Ronaldo Valiño, sócio da PwC Brasil.
Nos mercados desenvolvidos, esta tendência também é observada: 72% das aquisições envolveram projetos em outras regiões desenvolvidas. Por outro lado, o estudo também aponta que muitos compradores nos países desenvolvidos sentem-se confortáveis em realizar operações na América Latina – no ano passado, a região representou 44% das negociações.
“A aglomeração geográfica é um sinal de que as empresas não estão sendo agressivas o bastante, especialmente se considerar que  as reservas minerais estão concentradas, principalmente, nos países em desenvolvimento – 73% das reservas de ouro, por exemplo, localizam-se nestes mercados. Isso levanta a questão:  qual é o custo de longo prazo de não fazer negócios nas regiões?”, questiona o especialista.

Metais
Ouro, carvão, cobre, minério de ferro e nióbio representaram 81% de valor agregado nas operações em 2011, com destaque para carvão e cobre, com ações de 26% e 23%, respectivamente. As transações envolvendo o ouro representaram 13% do valor– em 2010 foram 31%. Com relação ao volume, o ouro, cobre, ferro, prata e urânio representaram 57% de toda a atividade – em 2010 foram 79%.

Perspectivas 2012
A expectativa é que neste ano haverá recorde tanto em volume quanto em valores de fusões e aquisições no setor de mineração. “Com a demanda para novos projetos, aumento dos custos de produção e declínio das reservas mundiais,  as mineradoras buscarão escala e otimização de custos, acirrando o mercado de aquisições”, destaca Valiño.
Além disso, a perspectiva é que a África desponte como um dos mais importantes mercados em 2012, devido às fontes de recurso e o clima favorável aos investimentos.

Metodologia de pesquisa
O estudo “On the Road again? – Pesquisa Global de Mineração” inclui anúncios de fusões e aquisições realizados em 2011. Acordos cancelados, expirados ou retirados foram excluídos do estudo. A principal origem dos dados é o S&P Capital IQ, que inclui bens e negócios imobiliários em seus dados. O relatório completo, com gráficos de apoio, está em http://www.pwc.com/gx/en/mining/publications/on-the-road-again-global-mining-2011-deals-review-and-2012-outlook.jhtml?WT.mc_id=email_4-12_GMH_On-the-road-again

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