Uso de máquinas compactas traz segurança às demolições urbanas

04/07/2013 - Uso de máquinas compactas traz segurança às demolições urbanas
 
doosan_escavadeira_solar75v.jpgElas minimizam o impacto na vizinhança e eliminam as vibrações e fortes deslocamentos de ar causados pela implosão. Além disso, explosivos não podem ser utilizados em áreas urbanas próximas a patrimônios históricos e construções antigas
As obras imobiliárias nos grandes centros urbanos se expandem para além de terrenos vazios e a explosão demográfica dos últimos anos torna as áreas cada vez mais saturadas. A saída para a construção de novos empreendimentos residenciais ou comerciais tem sido derrubar as edificações já existentes. Nessa etapa, as tecnologias em equipamentos para construção entram em cena, especialmente quando são adequadas para harmonizar as obras de demolição à segurança e bem estar social.
Embora ainda associados a uma imagem rudimentar, os trabalhos de demolição hoje são cercados de cuidados e técnicas especiais. Edificações de grande porte que antes só eram derrubados através do método de implosão e de maneira manual, hoje são demolidos de forma mecanizada, ou seja, por meio de equipamentos sofisticados como escavadeiras compactas e rompedores hidráulicos.
“Essa é a nova tendência da construção civil brasileira: trazer máquinas que dêem maior segurança e minimizem qualquer tipo de impacto nas edificações vizinhas, para aplicação em nichos específicos como este”, explica Norberto Felix, diretor da Fator Terraplenagem, empresa que tem 50% das atividades voltadas para a área de demolição.
Norberto exemplifica o sistema mecanizado com a utilização de uma escavadeira compacta Doosan S75V, de 8 toneladas, demolindo uma laje de 11500 m² de uma ex-unidade do Carrefour, na Av. do Estado, em São Paulo, para adequar o local às novas dependências de uma futura unidade do Atacadão. “Essa máquina é compacta e mais leve que os modelos tradicionais de 18 a 22 toneladas, portanto se adequa a espaços confinados, dispondo de um rompedor pequeno de 400 kg acoplado na ponta do braço, para dar impacto menor na hora de quebrar a laje e pouca vibração nas paredes”, diz.
Para Valdir Bispo de Oliveira, diretor da Loctec Terraplenagem, também com trabalho focado em demolição, essa escavadeira pode, inclusive, ser içada em guindaste e trabalhar na demolição de edificações do último andar ao térreo, desde que as lajes suportem o peso. “Hoje a mecanização minimiza os riscos nos trabalhos de demolição pela possibilidade de se derrubar as edificações por etapas, o que envolve uma logística de equipamentos e pessoas. A gestão eficiente dos resíduos acontece de forma gradativa e não de uma só vez, como nas implosões”, explica ele.
“Além de tudo, elas têm baixo impacto ambiental”, acrescenta. Para se ter ideia, hoje há controvérsia quanto ao uso de explosivos nas demolições urbanas, justamente pela vibração nas edificações vizinhas, especialmente em locais próximos a patrimônios históricos e arquitetura antiga. A implosão causa vibração e forte deslocamento de ar nos arredores.
Mesmo em edificações de estrutura comprometida, onde não se pode colocar equipamentos, a utilização de explosivos deve ser avaliada com prudência. Antes, é necessário realizar uma vistoria técnica para se avaliar as condições das edificações do local e da vizinhança. Algumas vezes, a solução está no sistema manual, com rompedores pneumáticos ou hidráulicos.
“Uma edificação com 10 andares e cerca de 100 m² de área por andar pode levar em média 15 dias para ter cada andar demolido com cinco pessoas trabalhando de forma manual. Já com a utilização de uma escavadeira compacta Doosan S75V cada andar pode levar até três. Tudo isso depende das condições de trabalho e segurança que o local oferece”, explica Norberto. Em edificações de pequeno porte não se aplica explosivos porque possuem estrutura baixa, podem ser acessados mecanicamente.
 
Oportunidade de trabalho e negócios
O aumento da atividade em demolição beneficia nichos específicos de trabalho que antes não tinham presença representativa no mercado de obras. Empresas antes focadas em terraplenagem, por exemplo, como locadores, frotistas e prestadores de serviço de escavação, carregamento e transporte de terra, hoje estão cada vez mais especializados nessa área. Com a crise que há mais de dois anos afeta diretamente os negócios de pequenos empreiteiros da área de terraplenagem, a Fator Terraplenagem diversificou a área de atuação e conseguiu se adaptar ao mercado de forma sustentável.
A crescente utilização do sistema mecanizado também despertou o interesse de concessionários de equipamentos, que passaram a trazer para o Brasil novos modelos de máquinas e implementos especialmente voltados para essa área, como a Comingersoll, concessionária de equipamentos multimarcas como Doosan e Bobcat. “Identificamos uma nova tendência na construção civil brasileira, que necessita de equipamentos e componentes para aplicações específicas, e resolvemos ampliar nosso leque de produtos”, explica Jorge Glória, diretor da Comingersoll do Brasil.
Novos equipamentos exigem capacitação técnica e atualização profissional. Por esse motivo, a Comingersoll mantém um Centro de Treinamento de Operadores na sede, em Sorocaba (SP), onde os operadores passam por uma verdadeira familiarização com os recursos desses equipamentos de tecnologia avançada, incluindo aprendizado teórico num simulador de operações, réplica fiel da cabine. Lá, o profissional em treinamento assimila situações normalmente vivenciadas no dia a dia.O treinamento também inclui prática em campo.
A geração dos resíduos de demolição tem movimentado uma ampla cadeia de empresas e prestadores de serviço envolvidos na reciclagem.Dados divulgados pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) contabilizam quase 62 milhões de toneladas de resíduos gerados no Brasil no ano passado.
 
Foto: Divulgação
Timepress Comunicação Empresarial

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