Fazenda Santa Brígida apresenta resultados em 7º Dia de Campo promovido pela John Deere

27/03/2013 - Fazenda Santa Brígida apresenta resultados em 7º Dia de Campo promovido pela John Deere
 
paulo_herrmann.jpgUtilizando o sistema iLPF com o apoio da Embrapa e da John Deere, a propriedade é referência de produtividade no Estado do Goiás e um modelo de negócio agropecuário sustentável a ser seguido. Documentário sobre o iLPF produzido pela Fundação John Deere está disponível no Youtube.
Produtiva, lucrativa e sustentável. Essa é a Fazenda Santa Brígida, propriedade de 900 hectares localizada em Ipameri (GO) que utiliza, desde 2006, o sistema iLPF (integração Lavoura-Pecuária-Floresta).
A Fazenda produz uma média de 55 sacos/ha de soja, 160 sacos/ha de milho e 50 t/ha de silagem de milho. Da safra de 2006/2007 para 2012/2013 a lotação animal passou de 0,5 para 2,0 UA/ha – atingindo até 4,0 UA/ha na safrinha – e o ganho de peso de 2 para 16 arrobas/ha.
A 7ª edição do Dia de Campo iLPF, promovida pela John Deere em parceria com a Embrapa, levou esses e outros números aos cerca de 400 participantes do evento, incluídos diversos secretários estaduais de agricultura do País. Segundo Paulo Herrmann, presidente da John Deere Brasil e da Rede de Fomento em iLPF, a eficiência do sistema iLPF já está comprovada e o grande desafio, agora, é acelerar o processo de difusão dessa tecnologia. “As pessoas que conhecem o iLPF são imediatamente contaminadas por essa ideia. Precisamos quebrar paradigmas para obter melhores resultados. O iLPF é um sistema que dá certo, dá dinheiro e é sustentável, tanto social como ecologicamente”, diz.
Segundo a Embrapa, das tecnologias até hoje geradas para a produção agropecuária, a iLP e a iLPF são as que mais trazem benefícios agronômicos (recuperação e manutenção de ambientes produtivos, com destaque na matéria orgânica do solo); econômicos (diversificação da produção e redução de custos e riscos); sociais (maior oferta de postos de trabalho com melhor qualidade de vida) e ambientais (contenção dos efeitos degradadores, como erosão de solos, redução do uso de defensivos e a manutenção de cobertura verde durante a maior parte do ano, com conseqüente aumento na captação de carbono da atmosfera).
 
Produção
Antes de aplicar a tecnologia iLPF em suas terras, a dentista Marize Porto, proprietária da Fazenda Santa Brígida, possuía apenas pastagens degradadas em sua propriedade. Com o apoio da Embrapa, em parceria com a John Deere e a Universidade Estadual de Goiás, ela iniciou em 2006 um processo de recuperação dessas pastagens com a utilização de culturas graníferas, uma forma de amortizar os investimentos feitos em serviços e insumos.
Sistema Santa Brígida - Para as lavouras de soja, optou-se por cultivo de safrinhas de sorgo, milho e milheto consorciados com braquiária. A cada ano são obtidas uma safra de grãos no verão e uma safrinha de grãos ou silagem no outono, seguidas de uma safrinha de boi no inverno ou início da primavera.
Os ganhos são obtidos em regime de chuva, já os pecuários são observados principalmente na entressafra. Segundo dados da Embrapa, na pecuária tradicional o custo de uma arroba bovina pode girar em torno de R$ 80,00. Na Fazenda Santa Brígida, o custo é de R$ 36,00.
A alta produtividade levou a fazenda a aumentar o número de funcionários de três para 18, em sete anos, o que beneficia a economia da região como um todo. Segundo Marize Porto, a Santa Brígida é a prova de que o iLPF funciona. “É preciso persistência, é preciso muito controle, mas o sistema é muito eficiente, não há dúvidas disso.”
Baixa emissão de carbono
A Fazenda Santa Brígida se destaca também pela fixação de carbono. Desde 2006, o teor de matéria orgânica no solo aumentou 50%, o que deixa as pastagens verdes e nutritivas na maior parte do período seco. Além disso, 51 mil árvores de eucalipto foram plantadas, provocando uma enorme contribuição para a mitigação de gases de efeito estufa.
As técnicas utilizadas na Fazenda vão de encontro ao Plano ABC (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que tem a missão de organizar e planejar ações para a adoção de tecnologias de produção sustentáveis. A meta do Mapa é recuperar pelo menos 20 milhões de hectares de terras com algum grau de degradação até o ano de 2020, quatro milhões deles por meio do sistema iLPF.
José Guilherme Tollstadius Leal, diretor do Departamento de Sistemas de Produção e Sustentabilidade do Mapa, explica que o Plano ABC é composto por sete programas: Recuperação de Pastagens Degradadas; Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF) e Sistemas Agroflorestais (SAFs); Sistema Plantio Direto (SPD); Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN); Florestas Plantadas; Tratamento de Dejetos Animais; e Adaptação às Mudanças Climáticas.
Como estratégia para garantir a efetividade desses programas, Leal defende o desenvolvimento de planos estaduais. “Estamos no caminho certo. O Plano ABC já está presente em 24 Estados, em diferentes fases de implementação. É preciso investir na recuperação de pastagens, combater o desmatamento ilegal e potencializar o uso eficiente dos recursos hídricos. Com isso, poderemos diminuir a emissão de CO2 e aumentar a produtividade simultaneamente”, diz.
Crédito - Entre julho de 2012 e janeiro de 2013, o Plano ABC cedeu R$ 1,9 bilhão em recursos para a produção agrícola sustentável. A meta do ministério é atingir R$ 3,4 bilhões até junho deste ano. Goiás absorveu 20% do crédito utilizado no Brasil. Entre julho e dezembro de 2012, foram R$ 269,45 milhões destinados ao Plano ABC no Estado e, em 2013, a expectativa é que esse valor ultrapasse os R$ 500 milhões, segundo Johnson Teixeira do Prado, gerente do Banco do Brasil de Ipameri (GO).
 
A divulgação do iLPF no Brasil
Comprovar a eficiência do iLPF Brasil afora é fundamental para maximizar a adesão da tecnologia, segundo o chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa, Luiz Carlos Balbino. Para isso, a Embrapa conta com 199 unidades de transferência espalhadas pelo País. “Temos que divulgar o trabalho que está sendo feito. Se o Brasil mostrar que a agricultura pode reduzir a emissão de CO2, isso vai ser inédito no mundo. O Brasil é um dos poucos países que envolveram a agricultura nessa discussão”, afirma.
Entre as iniciativas da Embrapa para colocar o iLPF em prática está a de identificar novas demandas, criar projetos de desenvolvimento, validar novas tecnologias e prestar assistência técnica ao produtor rural. “Precisamos pensar diferente, precisamos impactar. Todos sabemos que o iLPF vai ser bom para o mundo, agora precisamos convencer o homem do campo a mudar antigos conceitos”, completa Balbino.
Rede de Fomento – Para acelerar a transferência dessa tecnologia aos produtores, foi criada a Rede de Fomento, uma parceria público-privada formada pela Embrapa, John Deere, Cocamar e Syngenta. “Queremos mais empresas com a gente para que esse conhecimento se espalhe rapidamente pelo País”, diz Paulo Herrmann, presidente da John Deere Brasil. “A Rede de Fomento não é uma rede de exclusividade ou de reserva de mercado. Qualquer empresa pode participar.” Para ele, é preciso insistência e perseverança para mudar hábitos e as empresas trazem objetividade ao processo de difusão. “É um esforço conjunto e a Embrapa está tendo um papel fundamental nessa jornada. Com transparência, dedicação e modernidade, a Embrapa colocou o Brasil no mapa da agricultura mundial e hoje surpreendemos o mundo com nossos números de produção.”
Além da divulgação do sistema iLPF, a Rede de Fomento está atenta a outros aspectos ocasionados pelo aumento da produção das lavouras. O crédito rural é um deles. Segundo Paulo Herrmann, o sistema do crédito rural foi montado em cima de uma agricultura antiga, que necessitava investimento apenas uma vez ao ano. “Precisamos de algo mais ágil e constante, pois hoje há produção o ano inteiro.” Pela mesma razão, Herrmann defende a existência de um banco de horas mais flexível. “Estamos muito próximos de ter uma agricultura 360 graus, o único espaço a ser preenchido é de julho a setembro e isso é possível por meio de sistemas de irrigação”, diz.
Introduzir o iLPF nos currículos das escolas de Agronomia é outra iniciativa em estudo. Para Paulo Herrmann, quebrar paradigmas é o grande desafio do iLPF. “Estamos estruturando uma nova agricultura. O exemplo da Fazenda Santa Brígida é fantástico por isso, a Marize acreditou 100% no projeto. Esse é o nosso objetivo, vamos pensar grande. A terra está para produzir, não pode ficar parada.”
 
Terra e Sustentabilidade
A Fundação John Deere, em parceria com a Embrapa e com a produtora Videomakers, lançou em 2012, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), o documentário “Terra e Sustentabilidade”, que traz à tona os benefícios do iLPF e cases de sucesso, como a da Fazenda Santa Brígida. O vídeo está disponível para visualização pelo canal da John Deere no YouTube (https://www.youtube.com/watch?v=kpMyc22IKWg).
 
Sobre a John Deere
A John Deere é líder mundial no fornecimento de serviços e produtos avançados e está comprometida com o sucesso dos clientes, que cultivam, colhem, transformam e enriquecem a terra para enfrentar a crescente demanda mundial por alimentos, combustíveis, habitação e infraestrutura. Desde sua fundação, em 1837, a John Deere tem oferecido produtos inovadores de alta qualidade, contribuindo para a construção de uma tradição de integridade. Para mais informações, visite a John Deere pelo site (www.JohnDeere.com) ou, no Brasil (www.JohnDeere.com.br).
Mais informações
http://www.facebook.com/JohnDeere
http://twitter.com/JohnDeereBrasil
http://www.youtube.com/JohnDeereBrasil

Legenda: paulo Herrmann, presidente da John Deere Brasil

Foto: Divulgação
CDI Comunicação Corporativa

Site Login