Eletronuclear participa de estudo sobre os desafios das empresas frente às mudanças climáticas

04/12/2015 - Eletronuclear participa de estudo sobre os desafios das empresas frente às mudanças climáticas
 
eletronuclear_angra.jpgComo as empresas brasileiras estão se preparando para os impactos das mudanças climáticas em seus negócios? Com o intuito de ajudar a responder perguntas como essa, a Câmara Temática de Energia e Mudança do Clima do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) acaba de lançar o estudo Riscos climáticos: como o setor empresarial está se adaptando? A publicação – que está inserida no contexto da 21ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (COP 21) e será apresentada em fóruns específicos durante o evento – conta com a participação da Eletrobras, através de um trabalho na área de geração nuclear, capitaneado pela subsidiária Eletronuclear.
Nos últimos anos, a principal preocupação das corporações em relação às mudanças climáticas estava relacionada apenas à mitigação – esforços para reduzir a quantidade de emissões produzidas pelos ativos sob sua gestão. No entanto, a diversidade de cenários projetados por organismos internacionais de pesquisa sobre os impactos das mudanças climáticas tem demonstrado que seus efeitos podem se tornar riscos diretos para as empresas. Especialmente para aquelas que operam em regiões vulneráveis ou em setores intensivos no uso de combustíveis de origem fóssil.
Por isso, o estudo aborda os riscos físicos para o ambiente de negócios, como secas, inundações e furacões, e, como consequência, os riscos relacionados às mudanças regulatórias, à reputação, à competitividade e, finalmente, aos impactos sociais indesejados. Traz, ainda, as ferramentas disponíveis para a gestão dos riscos climáticos e cases de oito empresas brasileiras associadas ao CEBDS que já estão realizando medidas de adaptação associadas às mudanças climáticas.
 
Novo cenário - A Eletronuclear é uma das empresas já preparadas para lidar com esse novo cenário. Ao preparar um plano de resposta à Fukushima para a central nuclear de Angra dos Reis, em 2011, a companhia reavaliou o impacto de fenômenos climáticos e geológicos extremos na segurança das usinas.
Dentre as 56 ações do plano, estão incluídas análises sobre a ocorrência de inundações e deslizamentos provocados por fortes chuvas, assim como tornados, furacões, movimentos de mar e terremotos. A aplicação de testes de “estresse” baseados em cenários extremos e a utilização da Análise Probabilística de Segurança possibilitam avaliar a capacidade de resistência de Angra 1 e Angra 2 a esses fenômenos, permitindo identificar se existe a necessidade de melhorias em estruturas, sistemas e equipamentos.
Portanto, o Plano de Resposta à Fukushima representa uma ação prática do gerenciamento de riscos climáticos, visando a adaptação em relação aos efeitos climáticos extremos e mitigando o potencial de risco e impacto, inerentes às operações. “As rigorosas normas aplicadas às usinas nucleares exigem uma avaliação periódica da segurança das plantas, sendo que a cada dez anos é necessário revisar toda a base de projeto e operação, atualizando-se a magnitude dos eventos definidos como extremos, e realizando-se novas análises”, destaca o engenheiro Carlos Prates, supervisor da Superintendência de Engenharia de Projeto da Eletronuclear e coordenador de algumas das reavaliações mencionadas.
Oportunidade de negócios - Os estudos de caso mencionados no trabalho mostram que os riscos podem – e devem – ser transformados em oportunidades de negócios. “A incorporação dos riscos climáticos na gestão empresarial ainda é um desafio, principalmente devido às incertezas das projeções futuras e à natureza de longo prazo dos cenários. Por isso, a resposta das organizações sobre os efeitos das mudanças climáticas nos seus negócios requer a inserção dessa variável na estratégia de gestão de riscos. E a função da Câmara Temática de Energia e Mudança do Clima é justamente essa: facilitar este processo, ajudando as empresas a aproveitar novas oportunidades de mercado e minimizar seus riscos”, comenta Lilia Caiado, coordenadora da CT Clima.
Para acessar o estudo na íntegra, acesse: http://cebds.org/wp-content/uploads/2015/11/Gerenciamento-Clima-Completo_Final.pdf

Sobre o CEBDS - Fundado em 1997, o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) é uma associação civil que lidera os esforços do setor empresarial para a implementação do desenvolvimento sustentável no Brasil, com efetiva articulação junto aos governos, empresas e sociedade civil. A Câmara Temática de Energia e Mudança do Clima (CTClima) é formada por grandes empresas brasileiras e tem a proposta de tratar dos temas relacionados à energia e mudança do clima e ajudar as empresas a aproveitarem novas oportunidades de mercado e minimizar seus riscos advindos do processo de mudança do clima. A CTClima também acompanha e participa das Conferências das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas (CoP) e de fóruns do Governo Federal e da sociedade civil.

Sobre a Eletronuclear - Subsidiária da Eletrobras, a Eletronuclear é a responsável por operar e construir as usinas termonucleares do país. Conta com duas unidades em operação na Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA), com potência total de 1.990 MW. Hoje, a geração nuclear corresponde a aproximadamente 3% da eletricidade produzida no país e o equivalente a um terço do consumo do Estado do Rio de Janeiro. Angra 3, que está em construção, será a terceira usina da Central. Quando entrar em operação comercial, em 2018, a unidade (1.405 MW) será capaz de gerar mais de 10 milhões de MWh por ano – energia limpa, segura e suficiente para abastecer as cidades de Brasília e Belo Horizonte durante o mesmo período.
 
Foto: divulgação
Comunicação Eletronuclear

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