Diretor da Eletronuclear afirma que principal fator para o atraso de Angra 3 foi a estrutura de financiamento

10/11/2015 - Diretor da Eletronuclear afirma que principal fator para o atraso de Angra 3 foi a estrutura de financiamento
 
eletronuclear.jpgO diretor de Planejamento, Gestão e Meio Ambiente da Eletronuclear, Leonam dos Santos Guimarães, participou (10/11), do debate Crise energética e obras inacabadas: entraves e soluções, que faz parte do 4º Seminário de Energia Nuclear promovido pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), em seu campus do Maracanã (RJ).
Durante o evento, Leonam explicou alguns dos problemas que vem prorrogando a conclusão das obras da Usina Angra 3.  Para ele, o principal fator que justifica o atraso do empreendimento foi a mudança na estrutura de financiamento. “A construção de uma usina nuclear é uma obra de infraestrutura que necessita de grande aporte de capital durante longo período. Quando as condições econômicas externas provocam alterações na estrutura de financiamento, ocorrem desequilíbrios financeiros que impactam no cronograma”, disse o diretor da Eletronuclear.
Para garantir uma futura expansão nuclear, seria necessário, segundo Leonam, o estabelecimento de um marco regulatório que definisse as condições para construção, operação e comercialização de energia das novas usinas nucleares. “É preciso estabelecer um modelo de negócios mais efetivo para evitar que obras de grande porte como Angra 3 sejam interrompidas”, garantiu.
 
Sobre a Eletronuclear - Subsidiária da Eletrobras, a Eletronuclear é a responsável por operar e construir as usinas termonucleares do país. Conta com duas unidades em operação na Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA), com potência total de 1990 MW. Hoje, a geração nuclear corresponde a aproximadamente 3% da eletricidade produzida no país e o equivalente a um terço do consumo do Estado do Rio de Janeiro. Angra 3, que está em construção, será a terceira usina da Central. Quando entrar em operação comercial, em 2018, a unidade (1.405 MW) será capaz de gerar mais de 10 milhões de MWh por ano – energia limpa, segura e suficiente para abastecer as cidades de Brasília e Belo Horizonte durante o mesmo período. 

Foto: divulgação
Comunicação Eletronuclear

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