"Um dos grandes equívocos da política elétrica federal foi reduzir a tarifa em 12%", diz João Carlos de Souza Meirelles

11/05/2015 - "Um dos grandes equívocos da política elétrica federal foi reduzir a tarifa em 12%", diz João Carlos de Souza Meirelles
 
joao_carlos_meirelles.jpgO secretário disse a frase durante sua apresentação no Encontro Político Empresarial 2015 - ADVB (Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil), realizado hoje, 11 de maio, no Esporte Clube Sírio, em São Paulo
Ainda segundo o secretário, essa redução criou um verdadeiro caos, gerando um débito contraído pelas distribuidoras na ordem de R$ 28 bilhões. Déficit que o governo do estado começou a pagar no ano passado, quando foi repassado um aumento à população. E agora, em julho deste ano, está previsto novo aumento.
“Estamos em crise no setor elétrico. As causas são desde uma menor demanda até o desaquecimento da economia no país”, disse. “Por isso São Paulo precisa atender energeticamente onde há demanda. Não importa se a energia virá do Rio Grande do Sul ou do Rio Grande do Norte, com o sistema elétrico interligado, ninguém mais sabe de onde ela está vindo”, pontuou o secretário.
Para ele uma das grandes soluções é o gás, que pode alimentar usinas termoelétricas. ”Precisamos de novo gerador de energia para São Paulo. Estamos focados em montar pequenas hidroelétricas, mas, sobretudo, introduzir o gás na matriz energética do estado, em definitivo”.
João Carlos de Souza Meirelles falou também que esse gás vem do contrato firmado entre Brasil e Bolívia “Contrato esse que precisamos ficar atentos ao que vai acontecer, já que ele expira em 2019”.
Outra fonte de produção de gás seria por meio de uma termoelétrica que está em licitação para ser construída na região de Cubatão, ao lado da Hidroelétrica de Henri Bordem, para aproveitar os dutos e redes já existentes. Essa termoelétrica pode chegar a gerar 1000 megawattz de potência.
“Numa comparação, a Usina Hidroelétrica de Porto Primavera no Rio Paraná gera hoje 1.020 megawatts”, afirmou. “Estamos ainda negociando propostas com a AES Tietê, do grupo AES Eletropaulo, com projeto que viabilizaria ao estado mais 500 MW de potência, o que facilitaria e muito, já que o Vale do Paraíba dispõe dutos para o despacho da energia”.
Conforme disse o secretário, o programa, que traria gás às geradoras de energia, contemplaria a construção de um duto de gás que avançaria 150 km do mar, na região do pré-sal, e avançaria por São Vicente subindo para a capital e demais regiões pelos canais da Comgás – Companhia de Gás de São Paulo. Isso equivaleria à potência energética que recebemos da Bolívia. Essa operação seria uma Parceria Público Privada (PPP).
“Hoje, por exemplo, só o complexo do Hospital das Clínicas consome 50 MW de energia. Os geradores são alimentados a diesel. Pretendemos que num prazo de uma ano, um ano e meio, as turbinas dos geradores já estejam funcionando a gás. E isso se estenderia para todo o cinturão hospitalar da Av. Paulista, englobando vários hospitais que se encontram na região”.
A abertura do evento foi feita pelo presidente da ADVB – Associação dos Dirigentes e Marketing do Brasil, Latif Abraão Jr. e contou com a presença do presidente do Conselho Consultivo, Flávio Côrrea e do presidente da FENADVB – Federação Nacional das ADVBs, Miguel Ignatios.
Contou com o patrocínio de Ghelfond Diagnósticos e Hotel Terras Altas; e apoio IBEGESP – Instituto Brasileiro de Educação em Gestão Pública, SIMPI – Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo, Gorilla.com, Figueiredo e Ferraz Consultoria e Engenharia de Projeto, Prime Comunicações e ABIH – Associação Brasileira da Indústria de Hotéis.

ADVB – Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil - Tel.: (11) 3287.0000
 
Foto: divulgação
Única Press Assessoria de Comunicação

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