Equipe brasileira RioBotz/PUC-Rio é 3º lugar na competição mundial BattleBots e ganha o troféu de “Robô mais destruidor” com o Minotaur
05/09/2016 - Equipe brasileira RioBotz/PUC-Rio é 3º lugar na competição mundial BattleBots e ganha o troféu de “Robô mais destruidor” com o Minotaur
Equipe de robótica da PUC-Rio faz história ao chegar às semifinais da mais disputada competição internacional de robôs de combate, exibida na ABC, canal aberto da TV americana, e conquista o júri com seu robô de 113kg
Um sonho realizado: a RioBotz, equipe de robótica do Centro Técnico Científico da PUC-Rio (CTC/PUC-Rio), chegou ao 3º lugar na BattleBots, torneio mundial de robôs de combate, cuja segunda temporada foi ao ar no canal ABC da TV aberta norte-americana, desde o dia 23 de junho. No episódio final, exibido no dia 1º de setembro, com duas horas de duração, mostrando as quartas de final, as semifinais e a grande final, a equipe carioca venceu uma luta e perdeu outra, tendo como adversários os robôs Bronco (2º lugar no ranking da competição) e Bombshell, respectivamente.
Como na competição não há uma disputa oficial pelo 3º lugar, a posição é válida para os dois robôs que perderam as semifinais. Com isso, o Minotaur, robô dos únicos e primeiros competidores de país de língua não-inglesa a participarem da BattleBots, divide marca com o robô Yeti, que perdeu para o grande campeão de 2016, o Tombstone. “Foi uma experiência fantástica participar de uma competição tão disputada como essa. Os alunos ganham em aprendizado e a RioBotz conquista um título inédito, ficando entre as melhores equipes de robótica do mundo”, declara Marco Antonio Meggiolaro, coordenador da equipe e professor do Departamento de Engenharia.
Além do título, o robusto robô carioca, de 113kg, cuja arma é um tambor que pode rodar a mais de 10 mil RPMs, levou o prêmio de “Robô mais destruidor” da competição, confirmando o seu favoritismo entre o júri. Pequeno à primeira vista, principalmente ao lado de oponentes maiores e mais poderosos, o Minotaur mostrou a que veio e provou que tamanho não é documento.
Nas quartas de final contra o Bronco, o adversário chegou com seis rodas e terminou a luta sem nenhuma. “Arrancamos uma a uma. Ele era muito maior que nós, mas não teve nenhuma chance conosco. Foi mágico!”, revela Daniel Freitas, o piloto da RioBotz. Ao passar para as semifinais, foi a vez de enfrentar o temido Bombshell, que tinha três diferentes armas, podendo escolher entre o machado, o disco vertical ou a barra horizontal: “Demos azar. Eles conseguiram dobrar nossa parte traseira com o disco vertical, levantando uma roda e nos deixando imobilizados por dez segundos. Acabamos perdendo a luta”, lamenta Meggiolaro. O mesmo Bombshell chegou à grande final, contra o Tombstone, mas não resistiu à temida barra vermelha giratória do robô, que finalmente conquistou o almejado troféu, depois de ter perdido a final em 2015. Meggiolaro considera que, se tivessem chegado à final, teriam grandes chances de vencer: “Lutamos quatro vezes contra o irmão gêmeo do Tombstone, o Last Rites, do mesmo fabricante, e ganhamos duas vezes. Seria uma bela disputa”.
Esta segunda temporada da BattleBots contou com 56 equipes cujos robôs são da mais alta categoria de combate. “É a mais importante competição da qual já participamos em 13 anos de muitas batalhas. Há times patrocinados pela Nasa, Space X e diversas empresas do Vale do Silício, além de campeões do Reino Unido, Canadá e Austrália. Por esse motivo, o desafio é gigantesco e foi uma honra competir com os melhores do mundo”, revela Marco Antonio Meggiolaro, coordenador da RioBotz/PUC-Rio.
Para ano que vem, são grandes as expectativas de uma nova temporada da BattleBots e Meggiolaro está confiante de que serão convidados novamente: “O Minotaur causou um enorme impacto entre o júri e os participantes”. Segundo ele, este ano, a temporada chegou a uma audiência de cerca de 3,5 milhões de espectadores por episódio, competindo com outros programas, como The Big Bang Theory, por exemplo. Já que a audiência da BattleBots foi superior à do programa que ocupou o mesmo espaço no ano passado, Meggiolaro acredita que dificilmente não haverá nova disputa em 2017.
Atualmente, o Minotaur está desmontado no laboratório da RioBotz, na PUC-Rio, e sem seu tambor (que pesa 30kg). “Já estamos reconstruindo o Minotaur e fazendo um novo tambor. Vamos entrar 2017 com ele pronto para a próxima BattleBots”, diz Meggiolaro, ressaltando que o “mais destruidor” foi feito especialmente para a competição e é exclusivo para a BattleBots.
O 3º lugar da BattleBots garante aos patrocinadores o justo retorno do valor investido na equipe. “A RioBotz foi uma das primeiras equipes acadêmicas que patrocinamos e, ao longo desta relação de mais de cinco anos, acompanhamos diversas vitórias e desafios da equipe. Mas essa, sem dúvida, é a principal. Acreditamos que é uma experiência única para eles e para a Radix, que está em peso na torcida pela RioBotz. É um orgulho incentivar e ajudar a promover disputas como estas da BattleBots, que estimulam o desenvolvimento tecnológico nos estudantes. Afinal, este é um dos nossos principais objetivos”, declarou Luiz Eduardo Rubião, CEO da Radix.
Vídeo da segunda luta viralizou e superou a marca de 20 milhões de visualizações
Na segunda luta, no dia 7 de julho, o adversário foi o conhecido BlackSmith, robô americano que compete há 20 anos e tem um martelo destruidor que solta fogo pela extremidade. O vídeo, divulgado no Facebook do programa viralizou e alcançou mais de 20 milhões de visualizações, acima de 328 mil compartilhamentos, 170 mil curtidas e aproximadamente 30 mil comentários.
No Brasil ainda não há data programada para exibição, mas a Sky já comprou os direitos de distribuição mundial de toda a temporada.
Sobre a RioBotz/PUC-Rio
A RioBotz/PUC-Rio foi formada em janeiro de 2003 com o objetivo de projetar e construir robôs de competição. Em 13 anos de muitas batalhas, a equipe já contabilizou 66 títulos, sendo 35 campeonatos nacionais e 31 medalhas de ouro em competições ao redor do mundo. Outras 65 medalhas são a soma de 35 pratas (18 internacionais) e 30 bronzes (20 internacionais), totalizando 131 medalhas. A equipe é composta atualmente, em sua maioria, por alunos das Engenharias de Controle e Automação, Mecânica e Elétrica. Seus integrantes têm a possibilidade de adquirir conhecimentos em áreas como mecânica, eletrônica, computação, publicidade, marketing, design e captação de recursos, além de utilizar na prática os conhecimentos obtidos em sala de aula. Embora seu foco seja a construção de robôs de combate, as tecnologias envolvidas podem ser aplicadas em diferentes setores como a indústria de energia, petróleo e médica.
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