Programa da Camargo Corrêa para prevenção à malária contribui para redução no índice de transmissão da doença na região de Jirau

14/03/2012 - Programa da Camargo Corrêa para prevenção à malária contribui para redução no índice de transmissão da doença na região de Jirau

camargo correa jirauCasos de malária são reduzidos em até 40% nos distritos da região da Usina de Jirau
 
Dados do Índice Parasitário Anual (IPA) do Ministério da Saúde, que aponta o risco de transmissão da malária em várias regiões brasileiras, mostram que o município de Porto Velho (RO) deixou de ser de alto risco de transmissão. De 2010 para 2011, o índice na capital rondoniense caiu de 54 pessoas a cada mil habitantes para 44 indivíduos por mil habitantes. Em números absolutos, a queda foi de 23.257 para 19.250 casos, uma redução de 17,2%.
A região de influência direta do canteiro de obras da Usina Hidrelétrica de Jirau foi a que teve a redução mais significativa no número de ocorrências da doença. Nos distritos de Jaci Paraná, Vila Nova Mutum e Abunã, que estão no entorno da obra, as infecções caíram 40%, de acordo com o IPA.
Entre os fatores que contribuíram para essa queda está o Programa de Vigilância em Saúde para Prevenção de Doenças de Transmissão Vetorial da Construtora Camargo Corrêa, responsável pelas obras civis da usina. As ações desenvolvidas pela empresa englobam toda a população do canteiro de obras, cerca de 15 mil profissionais, e as comunidades da região.
“As ações educativas não se restringiram somente aos trabalhadores da usina. As comunidades recebem visitas periódicas para realização de controle dos insetos que fazem a transmissão, além de oficinas de educação em saúde para sensibilização quanto às medidas de proteção, diagnóstico e tratamento adequado”, afirma Andréia Souza, da equipe de Vigilância em Saúde da Camargo Corrêa em Jirau.
Realizado em parceria com a Energia Sustentável do Brasil (ESBR) e autoridades de saúde do Estado de Rondônia, o programa segue as orientações da Política Nacional de Prevenção e Controle da Malária. Foram implementadas estratégias que vão desde a conscientização, por meio de campanhas sobre a malária e os cuidados de prevenção, até o uso de tecnologia, como a da impregnação de repelentes nos uniformes, a borrifação de inseticida nos alojamentos e em outros pontos do canteiro e a distribuição de repelente.
A construtora mantém ainda cursos e treinamentos para agentes de saúde do próprio canteiro, realizados em parceria com o Centro de Referência do Estado, para preparar os profissionais para o controle biológico dos criadouros de mosquitos vetores da doença. Além disso, todas as iniciativas são monitoradas constantemente para garantir que um trabalhador que chegue contaminado ao canteiro tenha acesso ao diagnóstico e tratamento o mais rápido possível.
As ações tiveram o efeito esperado: desde a implantação das atividades, em 2008, não houve sequer um único diagnóstico de doenças tropicais contraídas no canteiro nem aumento do número de registros no entorno. “A realização de diagnóstico em tempo inferior a 48 horas e início de tratamento imediato, tudo gratuitamente, foram fundamentais para o sucesso da operação”, ressalta Andréia.

Site Login