Mercado Brasileiro rumo à Construção 4.0
Mercado Brasileiro rumo à Construção 4.0
Tecnologias ganham espaço nos projetos e nos canteiros de obra
A tecnologia vem ganhando cada vez mais espaço em todos os segmentos, inclusive na Construção civil. A 4ª Revolução Industrial já é realidade e o mercado precisa se adequar às novas demandas para continuar atendendo aos clientes e suas necessidades cada vez mais exigentes.
A construção civil segue rumo à Construção 4.0, que abrange automação no canteiro de obras, gestão de projetos e obras através de softwares - com o uso de big data e do BIM (Building Information Modeling) - e emprego de novas tecnologias construtivas, como a impressão 3D.
“Os conceitos destas novas tendências seguem os da Indústria 4.0, já consolidada no setor automobilístico, por exemplo. Neste segmento, os ganhos de produtividade, redução de custos e de economia de recursos naturais são notórios”, explica o engenheiro de materiais e mestre em construção civil Rodrigo Trevizani.
Para ele, a Construção 4.0 não prioriza apenas a manufatura de produtos, mas dá grande importância aos cuidados que se deve ter com os projetos e às exigências do mercado, presente e futuro, sempre atento, também, às exigências normativas.
“No mundo todo, a demanda por materiais de construção segue de acordo com as exigências do mercado e confronta fabricantes em fatores como redução de falhas e de custos de produção, aumento da eficácia e produtividade, além da preocupação com a legislação ambiental”, destaca Trevizani.
De acordo com ele, a indústria brasileira ainda está se familiarizando com a digitalização na construção civil e as novas demandas da Construção 4.0.
“Uma das tendências na construção civil, seguindo a nova revolução, é que depois do projeto pronto, segue-se para a etapa de montagem, em que fornecedores entregarão o material pré-fabricado, pré-moldado e técnicos especializados farão a montagem. O espaço para processos artesanais, como tijolo sobre tijolo, ficará cada vez mais reduzido e temos que estar preparados, e acima de tudo, capacitados para esse cenário, uma dificuldade há anos enfrentada pelo setor da construção civil”, ressalta o engenheiro.
Um exemplo dessa transformação que tem crescido no mercado brasileiro é a construção modular, um método de construção pré-fabricada, em que os módulos individuais são produzidos em linhas de montagens padronizadas e montados somente no local da obra.
“Outro exemplo são as obras panelizadas, em que os painéis das fachadas, por exemplo, são levados prontos para serem montados na hora. Assim como na construção modular, a panelização oferece velocidade de execução, redução de custos e resíduos, aumento de produtividade, além de ser sustentável”, enumera Trevizani.
Já para compor a parte interna, os sistemas Drywall (gesso acartonado), como paredes, forros, tetos e revestimentos em Drywall, se adequam perfeitamente a essas novas formas de construção.
“Por possibilitar maior facilidade de transporte e entrega, maior agilidade e praticidade na montagem, economia de tempo e recursos naturais, além de resíduos 100% recicláveis, o Drywall também tem papel importante no futuro que vem se desenhado na construção civil”, completa o engenheiro, que também é Coordenador de Marketing e Produtos da fabricante de Drywall Knauf do Brasil.
Foto: divulgação