Emílio Ribas terá prédios sustentáveis

16/09/2015 - Emílio Ribas terá prédios sustentáveis

aqua_hospital_emilio_ribas.jpgO Instituto, referência nacional em tratamento de doenças infectocontagiosas, recebeu a certificação Internacional de origem francesa AQUA-HQE
O Instituto de Infectologia Emílio Ribas, unidade da Secretaria de Estado da Saúde, referência nacional em tratamento de doenças infectocontagiosas, conquistou a certificação AQUA-HQE − chancela internacional de origem francesa concedida pela Fundação Vanzolini para construções sustentáveis –, na fase pré-projeto, para a modernização do prédio hospitalar que constitui a maior reforma da história de 135 anos da instituição.
O projeto executivo está em fase avançada e as obras planejadas englobam a construção de um prédio anexo, que contará com as áreas de alta tecnologia médica como nova área de UTI, Centro Cirúrgico - com 4 salas, Central de Esterilização e Apoio Diagnóstico, com exames diagnósticos de grande porte,  e permitirá o aumento do número de leitos no hospital, com previsão final de 276 leitos. Além disso, a unidade promoverá o restauro das construções tombadas como patrimônio histórico: o Prédio Azul e a Portaria Histórica. Serão 31.000m2 entre áreas de reforma e ampliação.
De acordo com Felipe Queiroz Coelho Filho, assistente técnico e auditor da certificação AQUA-HQE, “a abordagem humanizada da certificação, onde a avaliação do desempenho de edifícios está centrada no indivíduo, foi fundamental para ajudar na concepção sustentável de um projeto de alta complexidade como o das unidades do Instituto Emílio Ribas, tanto para o novo prédio anexo como para as obras de retrofit”.
O projeto foi concebido para deixar o hospital em condições ideais de conforto para pacientes e funcionários, com melhorias como o controle acústico, equilíbrio térmico e sinalização eficiente. Ao mesmo tempo, a unidade irá aderir a conceitos modernos de sustentabilidade – sob consultoria da Inovatech Engenharia - como sistemas inteligentes de redução de consumo de água e energia elétrica e projeto paisagístico com replantio de árvores do próprio hospital originalmente afetadas pelas obras.
Segundo Willian Yossuke Konishi, coordenador da equipe técnica da Inovatech Engenharia, que implantou o sistema de gestão ambiental do empreendimento, “o principal desafio do projeto foi a integração das diferentes disciplinas de engenharia em prol da certificação”. A consultoria forneceu diretrizes para os escritórios contratados, sendo que as soluções de sustentabilidade foram previstas em parceria durante toda a fase de projetos.

Soluções de sustentabilidade
O GTE – Grupo Técnico de Edificações da Secretaria de Estado da Saúde, responsável pelo gerenciamento dos projetos de Arquitetura e Complementares, elaborados pelos escritórios Bersch & Ferreira Arquitetura e Urbanismo e MHA Engenharia, respectivamente, acompanhou todas as decisões de projeto e esteve presente nas 2 auditorias de Certificação do AQUA-HQE.
A Bersch & Ferreira Arquitetura e Urbanismo buscou soluções de redução de emissão de calor nas fachadas – utilização de caixilhos duplos com vidros refletivos e dimensionados para cada fachada, utilização de produtos reciclados para enchimento das divisórias de Dry-Wall - lã de pet, projeto de bicicletário e paisagístico, além de outras propostas, todas embasadas por consultorias apropriadas de acústica, vidro e ar condicionado.
A MHA Engenharia desenvolveu os projetos básicos de instalações hidráulicas, elétricas, sistemas eletrônicos, climatização e estrutura, com direcionamento para a certificação AQUA. Foram previstos a  utilização de água de aproveitamento de chuva (reuso em bacias e mictórios), medições de água individualizadas para os grandes consumos internos, luminárias mais eficientes, medidores individuais para cada unidade do edifício, climatização com motores de alto rendimento, recuperação de calor provenientes das unidades resfriadoras (chillers) para utilização na complementação de aquecimento da água de consumo para banhos e outros.
“Além do foco na certificação, o projeto foi elaborado pensando em um hospital em funcionamento, pois sabíamos que ele não teria suas operações desativadas durante as obras”, explica Maria Elisa Germano, da MHA Engenharia, gestora do projeto básico de instalações do Instituto de Infectologia Emílio Ribas.
O IIER participa ativamente do processo, sendo responsável pela Gestão de Resíduos e implementou, desde antes do inicio dos projetos, cursos e treinamentos de atualização e programas de conscientização junto aos funcionários.
A reforma do instituto, que atende 100% pelo SUS (Sistema Único de Saúde), tem investimento em obras da ordem de R$ 140 milhões do Governo do Estado de São Paulo. O número de leitos de UTI (terapia intensiva) saltará de 17 para 47, onde estão previstos 10 leitos pediátricos através de  unidades são reversíveis,  ou seja, poderão ser divididos conforme a gravidade e a idade do paciente em adulto ou pediatria. O IIER irá modernizar seu parque tecnológico, considerando novas instalações e equipamentos em 100% das reformas e da ampliação, voltado para a excelência em Infectologia, estando o novo centro cirúrgico apto a realizar transplantes intervivos, com salas comunicantes e sistema de climatização com fluxo laminar e filtragem absoluta.

Foto: divulgação
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