Vinicius Lages afirma que Brasil consolidou imagem positiva nesta Copa

02/07/2014 - Vinicius Lages afirma que Brasil consolidou imagem positiva nesta Copa
 
Segundo o ministro do Turismo, apesar das previsões iniciais contrárias, o desafio do País para os próximos meses será o de aproveitar o legado de um Brasil moderno, acolhedor e hospitaleiro, conquistado no Mundial
 
O ministro do Turismo, Vinicius Lages, afirmou hoje, durante Almoço-Debate promovido pelo LIDE – Grupo de Líderes Empresariais, presidido por João Doria Jr., que o Brasil consolidou neste período de Copa do Mundo sua imagem de País moderno, acolhedor e hospitaleiro, apesar de toda a propaganda negativa e das previsões catastróficas que antecederam o evento. O debate sobre “Os legados da Copa do Mundo para o turismo brasileiro”, ocorreu nesta quarta-feira, 2 de julho, no Grand Hyatt Hotel, na Zona Sul de São Paulo, e contou com a presença de 302 empresários.
“O Brasil apresenta-se para o mundo em sua melhor imagem e está mostrando sua plena capacidade de receber uma grande quantidade de turistas em um megaevento”, afirma Lages. Para ele, o ótimo momento que vivemos, em plena Copa do Mundo, encerra de forma bastante positiva esta primeira década de criação do Ministério do Turismo, deixando um legado importante e inúmeras possibilidades para investimentos futuros.
Para este período do Mundial, a expectativa era de receber 600 mil turistas estrangeiros, ter uma mobilidade de 3 milhões brasileiros entre as cidades-sede, além de estreitar as relações com a vinda de visitantes de países com os quais o Brasil ainda não tinha tanta proximidade. E, obviamente, de acontecer um impacto positivo e direto na economia.
O Ministério do Turismo ainda está consolidando os dados de uma extensa pesquisa que será divulgada no final deste mês, mas já adiantou que foi contabilizada a presença de turistas de 186 países e uma grande diversidade de cidades visitadas. Além disso, foi registrada uma audiência de 30 bilhões de pessoas ao redor do mundo e 52 milhões de posts no Facebook na abertura do Mundial.
“Não tínhamos a menor dúvida de que o País possuía condições de receber os megaeventos, tanto que eu já disse mais de uma vez que deveríamos ter uma Copa a cada mês, pois temos condições e infraestrutura para atender toda essa demanda”, ressaltou. Segundo ele, a experiência de celebrar a Copa no Brasil superou todas as expectativas, com aprovação do acesso aos estádios, qualidade da hotelaria, oferta variada de artesanato – tudo contribuindo para construir esse legado para o turismo brasileiro.
 
Dificuldades
Entre as dificuldades encontradas no período, Lages citou o prejuízo à cidade de São Paulo, que sofreu com a transferência de eventos para outras datas ou mesmo seu cancelamento. Também admitiu que o comércio varejista foi impactado negativamente pelo pânico incutido na população, a decretação de feriados e de paralisação das atividades durante os jogos. “Fica a lição de divulgarmos melhor os centros de compras”, adicionou.
Sobre a cerimônia de abertura dos jogos, muito criticada pelos empresários presentes e pelo próprio João Doria Jr., o ministro admitiu que o momento poderia ter sido melhor aproveitado.
 
Legados para o turismo
Por outro lado, o ministro considera que os investimentos feitos em logística e infraestrutura geraram um legado intangível que permite ao Brasil continuar recebendo eventos dessa magnitude. Como exemplo, citou que a indústria do entretenimento pode aproveitar a estrutura das arenas para shows e outras atividades destinadas a um grande público. Também comentou que o Sebrae prestou consultoria a 15 mil micro empresas nos últimos 3 anos e que o Ministério do Turismo abriu 166 mil vagas para qualificação pelo Pronatec.
Lages afirmou, ainda, que é preciso avançar na direção de atrair um maior fluxo de turistas para o País e incentivar os diversos destinos de viagem. Em relação a este último ponto, afirmou que há negociações com a Secretaria de Comunicação para atuar na mídia internacional com as imagens produzidas neste evento, de forma a estimular a diversidade de destinos oferecida pelo Brasil.
Outros legados para o turismo brasileiro foram a articulação entre as polícias municipal, estadual e federal; as ações de sustentabilidade, como a criação de 64 roteiros de baixo impacto ambiental disponíveis nas diferentes cidades-sede e a certificação de quatro arenas; a estruturação de parques nacionais, que são muito procurados em momentos como este e a atração de grupos interessados em investir em parques temáticos na Amazônia e em Foz do Iguaçu; a definição de um modelo de PPPs que vai permitir expandir a rede portuária, aeroportuária e a logística.
Para os próximos meses, o Ministério promete trabalhar nas demandas existentes, como a flexibilização para contratação de mão de obra, desoneração e simplificação de tributos e capacitação para diminuir a dificuldade de comunicação dos trabalhadores do turismo para se comunicar em outros idiomas.
 
Pesquisa de clima empresarial
A 96ª edição da Pesquisa Clima Empresarial LIDE-FGV, realizada com os empresários presentes ao Almoço-Debate, mostra que o Brasil continua no pior patamar dos últimos dez anos, com o índice geral com nota 4. Este número, calculado pela Fundação Getúlio Vargas, é uma nota de 0 a 10, resultante de três componentes com o mesmo peso: governo, negócios e empregos.
A grande surpresa desta edição, segundo Fernando Meirelles, responsável pela pesquisa e presidente do LIDE CONTEÚDO, foi a transferência da preocupação com carga tributária, que sempre detinha entre 70% e 80%, para o nível de procura e cenário político, que receberam, respectivamente, 17% e 35%, enquanto carga tributária foi apontada em 47% das respostas. “Isso mostra que a demanda está muito fraca, o que é preocupante e nos remete a um cenário parecido como o que tínhamos há três anos”, diz Meirelles.
A satisfação com a eficiência do governo federal oscilou um pouco, melhorando em relação à última pesquisa, mas ainda continua baixo. Além disso, a área de negócios piorou consideravelmente: mais de um terço dos respondentes disseram que os negócios estão piores do que no ano passado. Apenas 38% esperam faturar em 2014 mais do que no ano passado.
 
SOBRE O LIDE - Fundado em junho de 2003, o LIDE - Grupo de Líderes Empresariais possui dez anos de atuação. Atualmente tem 1.620 empresas filiadas (com as unidades regionais e internacionais), que representam 52% do PIB privado brasileiro. O objetivo do Grupo é difundir e fortalecer os princípios éticos de governança corporativa no Brasil, promover e incentivar as relações empresariais e sensibilizar o apoio privado para educação, sustentabilidade e programas comunitários. Para isso, são realizados inúmeros eventos ao longo do ano, promovendo a integração entre empresas, organizações, entidades privadas e representantes do poder público, por meio de debates, seminários e fóruns de negócios.

CDN - Comunicação Corporativa

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