Oportunidades para o PVC no saneamento

22/05/2014 - Oportunidades para o PVC no saneamento
 
Por Miguel Bahiense*
 
Boas notícias para o Brasil. O Diário Oficial da União (DOU) publicou as diretrizes do Plano Nacional de Saneamento Básico (PNSB), denominado Plansab, com metas e ações de saneamento básico para o País nos próximos 20 anos (2014-2033), a partir de investimentos estimados para este período de R$ 508,4 bilhões.
Com a aprovação de sete ministros de estado (Cidades, Fazenda, Casa Civil, Saúde, Planejamento, Meio Ambiente e Integração Nacional), o plano prevê alcançar nos próximos 20 anos 99% de cobertura no abastecimento de água potável, sendo 100% na área urbana e de 92% no esgotamento sanitário, sendo 93% na área urbana.
Assim como o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), o Plansab se revela mais uma oportunidade para que o país se desenvolva na questão do saneamento básico. O Brasil é um país com 80% da população vivendo nas cidades. O crescimento demográfico e o aumento do consumo pessoal originaram problemas ambientais e o grande desafio é conciliar toda essa crescente: maior poder econômico, maior capacidade de consumo, descarte e tratamento adequado de resíduos.
De acordo com a pesquisa “A Falta que o Saneamento Faz”, do Instituto Trata Brasil e realizada pelo Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas, entre os serviços públicos disponibilizados aos domicílios brasileiros, a rede de esgoto ainda é o que tem a menor taxa de acesso, apenas 51%. Por outro lado, 98,6% dos lares contam com energia elétrica. A rede de água atende 82% das casas enquanto a coleta de lixo atinge 79,09% dos domicílios.
O estudo aponta também que, desde 2007, há uma aceleração na velocidade da redução do déficit, porém a taxa de cerca de 1,31% ao ano representa um ritmo pelo menos um terço mais lento do que o do combate à pobreza, que é de 4,2% ao ano. Ou seja: a quantidade de pessoas com acesso ao crédito e ao consumo cresce com maior velocidade que o sistema de saneamento.
Ações de saneamento são consideradas preventivas para a saúde, quando garantem a qualidade da água de abastecimento, a coleta, o tratamento e a disposição adequada de dejetos humanos. Além disso, o saneamento básico promove redução de custos: de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), para cada 1 real investido em saneamento básico, 4 reais são economizados em tratamentos de saúde.
O futuro é de oportunidades e desafios. A cadeia produtiva do PVC vem fazendo a sua parte no que diz respeito a promover ações e tecnologias sustentáveis e que atendam às necessidades do Brasil atual. Isso porque o produto participa ativamente do desenvolvimento sustentável, promovendo a qualidade de vida da população, a preservação ambiental e a economia.
O PVC é um dos principais materiais usados na construção, no saneamento, tratamento de esgoto, canalização de água e revitalização de municípios, já que é um plástico de grande vocação social por atender estas carências imediatas da sociedade, em função de seu custo-benefício.
Embora seja um dos três plásticos mais produzidos no mundo, é o que menos aparece no lixo, porque 64% dos produtos de PVC são usados em aplicações de longa duração, com vida útil superior a 15 anos.
O PVC é fato 100% reciclável e é reciclado. Pesquisa encomendada pelo Instituto do PVC mostra que o em 2012, foram recicladas 22.463 toneladas de PVC pós-consumo, o que corresponde a um índice de reciclagem de 16,3%. O índice ficou acima da média histórica que é de 16% entre 2005 e 2012.
Os desafios estão presentes e há caminhos para que possamos encará-los como parte do processo de desenvolvimento do país, que pretende competir de igual para igual no mundo cada vez mais globalizado.
 
Miguel Bahiense é presidente do Instituto do PVC
 
M.Free Comunicação

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