Empresas apostam em qualificação profissional de jovens para combater escassez de trabalhadores

14/04/2014 - Empresas apostam em qualificação profissional de jovens para combater escassez de trabalhadores
 
Hyatt e Polimix conseguem bons resultados treinando jovens em casa
 
O fenômeno do emprego no Brasil parece não apontar para uma desaceleração imediata. De acordo com o Ministério do Emprego e Trabalho, foram registradas cercas de 260 mil admissões formais apenas em fevereiro. Com as contratações em alta, as empresas sofrem para recrutar bons profissionais no mercado.
Duas dessas companhias que batalham para encontrar novos profissionais, Polimix e Grand Hyatt São Paulo decidiram investir em um programa que aliasse responsabilidade social e qualificação profissional de jovens. Foi assim que surgiu a parceria com o Formare, da Fundação Iochpe.
Por meio desse acordo, o Formare fornece todo o suporte pedagógico e material de apoio para que Polimix e Hyatt qualifiquem os jovens em suas instalações. Assim que concluem os cursos, todos estão aptos para se candidatar a um trabalho na própria empresa ou em outro lugar que escolherem para iniciar a carreira.
“De acordo com a Organização Internacional do Trabalho, 74 milhões de jovens no mundo estão desempregados. No Brasil, o desemprego juvenil representa 46% do desemprego total e 18% dos jovens entre 15 e 29 anos nem estudam e nem trabalham. Todos estes dados demonstram como o Brasil poderia ser muito mais produtivo se o setor privado assumisse o compromisso com as novas gerações para melhorar a qualificação e empregabilidade dos jovens”, explica Miguel Bermejo, diretor de Recursos Humanos do Hyatt para a América Latina.
A Polimix, outra empresa preocupada com esse quadro, atua em parceria com o Formare há três anos. De lá para cá, teve a oportunidade de qualificar 60 jovens e incluir alguns deles em seu quadro funcional. Para Luana Vieira, responsável pela área de Responsabilidade Social da Polimix, a falta de profissionais qualificados também é reflexo da má formação desses novatos.
“A formação da escola pública regular não é suficiente para os jovens hoje. São necessários cursos de formação profissional, como o Formare, que permitem ao jovem entender a importância do trabalho para seus planos de vida. Quando isso acontece, ele tem todo o potencial para traçar seus objetivos profissionais, respeitando cada passo, aproveitando a oportunidade dada, vendo que, na própria empresa, encontra o caminho para seu desenvolvimento pessoal e profissional”, analisa.
O executivo do Hyatt também conta que, desde que decidiram qualificar os jovens em parceria com o Formare, também há três anos, a companhia contabilizou outras conquistas.
“Os ganhos são múltiplos. Nosso investimento no Formare tem gerado novos talentos que hoje trabalham na organização, com um alto nível de comprometimento e com ótimos resultados. Temos duas joias oriundas do Formare: o Matheus Sobrinho, ex-aluno do curso e que hoje estuda na USP e trabalha no nosso departamento Financeiro. Outro exemplo é Washington Pires, que se formou no programa em 2011 e atualmente exerce a função de Analista de Finanças.
De acordo com Luana Vieira, da Polimix, a retenção de talentos é outro aspecto que precisa ser bastante considerado em época de leilão de salário. “O vínculo que eles criam com a organização é grande. Na Polimix, dos jovens do Formare contratados, 90% permanecem na empresa, assumindo postos de responsabilidade com dedicação e entusiasmo”, finaliza.
 
O Formare é um projeto social desenvolvido pela Fundação Iochpe, em parceria com empresas de médio e grande porte, que oferece cursos de formação inicial para o mercado de trabalho a uma turma de, em média, 20 jovens de famílias de baixa renda residentes no entorno das empresas.
Os cursos são realizados em período integral dentro das empresas, por funcionários que se dispõem, como voluntários, a ministrar as aulas.
Ou seja, a empresa é transformada em um ambiente de aprendizagem e qualificação profissional, contínuas, tanto para os colaboradores como para os estudantes beneficiados.
Os cursos, com duração de, no mínimo, 800 horas/aula, são desenvolvidos pela equipe pedagógica do Formare de acordo com as características de cada empresa e a realidade do mercado de trabalho local. Eles são certificados por instituição federal de ensino vinculada ao MEC --a UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná)--, que mantém convênio com a Fundação Iochpe desde 1995.
 
Números FORMARE
Escolas: 82 | Empresas parceiras: 56 | Alunos em formação: 1.640 Educadores voluntários atuando: 3.280 | Cobertura nacional: 57 municípios em 10 Estados do Brasil | Uma Escola na Argentina

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