Infraestrutura será carro-chefe de negócios em 2013. Avaliação é de empresários do setor de engenharia industrial

12/04/2013 - Infraestrutura será carro-chefe de negócios em 2013. Avaliação é de empresários do setor de engenharia industrial

Mais de 70% das empresas consultadas em sondagem da ABEMI acreditam em aumento dos investimentos para infraestrutura neste ano. Energia também deve ser fonte de oportunidades, mas o segmento de siderurgia deve permanecer estagnado

A ABEMI - Associação Brasileira de Engenharia Industrial realizou, em março, sondagem de expectativas com as empresas associadas sobre o período 2013/2014. O resultado mostra que as companhias vêem o período com cautela. O dado mais otimista é sobre o setor de infraestrutura. Quase 73% dos entrevistados acreditam em aumento dos investimentos na área. Outro setor que é visto como fonte de oportunidades de negócios no período é o de energia: 39,2% dos pesquisados apostam em crescimento de aportes no segmento no próximo período.
O presidente da ABEMI, engenheiro Antonio Müller, acredita que as respostas refletem a percepção sobre a continuidade das obras de infraestrutura no país, em função de fatores como a realização da Copa do Mundo e Olimpíadas, as pressões do setor de agronegócios sobre os portos, e o calendário eleitoral, o que obriga os governos a realizar empenhos imediatamente e até junho de 2014. “A possibilidade de mais investimentos públicos e a ampliação das linhas de crédito do BNDES para financiar projetos de logística, rodovias e aeroportos, por exemplo, são projeções bastante positivas para as empresas de engenharia, que nos últimos anos estruturaram equipes competentes e precisam mantê-las", diz Müller.
Por outro lado, são fontes de preocupação os setores de siderurgia (73,5% dos entrevistados creem que as companhias investirão menos em 2013), óleo e gás (55,8% têm expectativa de menos investimentos) e química e petroquímica (mais de 48% preveem queda nas oportunidades). Para o presidente da entidade, o resultado sobre área de siderurgia é coerente com a paralisia do segmento, que vem sendo afetado seriamente pela crise econômica nos países desenvolvidos. Já as expectativas sobre os setores de óleo e gás, e química e petroquímica estão relacionadas com a postergação de projetos anunciada no ano passado.
A ABEMI também ouviu as associadas sobre os resultados de 2012 e as projeções de negócios para 2013. No ano passado, a maior parte das empresas (62,8%) registrou crescimento e estabilidade no número de projetos em carteira. Para o período atual, a porcentagem de entrevistadas que acreditam em crescimento de novos contratos é de 28,2% e a das que projetam estabilidade nos negócios é de 31,2%.
“A engenharia industrial é dependente do investimento intensivo. Por isso, um cenário como o atual, em que contratantes do setor revisam seus planos de investimentos, sugere uma análise mais cuidadosa por parte das empresas. As indefinições decorrentes da crise na Europa e nos Estados Unidos também influenciam a percepção sobre o momento da economia brasileira”, avalia Müller.
A sondagem com as empresas associadas à ABEMI será repetida no segundo semestre de 2013.
Fundada em 1964, a ABEMI - Associação Brasileira de Engenharia Industrial é uma entidade sem fins lucrativos, que congrega as empresas que projetam e constroem a indústria brasileira. Suas associadas atuam nas áreas de engenharia, construção, montagem, fabricação e manutenção industrial. Atualmente, conta com 140 associadas que, juntas, empregam 447 mil profissionais e somam mais de US$ 37,85 bilhões em receita operacional bruta.


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