Centro de Excelência em EPC leva debate sobre produtividade

27/09/2012 - Centro de Excelência em EPC leva debate sobre produtividade
 
O Centro de Excelência em EPC (CE-EPC) realizou o seminário "Centro de Excelência em EPC: a busca da produtividade", durante a Rio Oil & Gas Exposição e Conferência 2012. O evento reuniu executivos do Centro de Excelência, da diretoria de Engenharia da Petrobras, da Associação Brasileira de Engenharia Industrial (ABEMI) e Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN).
Antonio Muller, presidente do CE-EPC, abriu o encontro e destacou como a parceria da organização com as empresas associadas e instituições internacionais como o Construction Industry Institute (CII) tem contribuído para o sucesso dos projetos do Centro de Excelência. “Desde sua fundação, estamos focados nos projetos e temos trabalhado para o desenvolvimento da capacitação profissional e dos processos de EPC”, disse Muller.
As palestras foram iniciadas por José Octavio de Alvarenga, da ABEMI, que falou da redução de custos e prazos em projetos EPC. Ele apontou algumas dificuldades como a baixa incidência de projetos de inovação e a falta de treinamento e planejamento e logística nos canteiros de obras são alguns dos entraves evidenciados no estudo que já resultou no mapeamento de 80, dos 120 procedimentos que serão compartilhados com integrantes do CE-EPC.
Na sequência, a gerente da Unidade de Engenharia de Custos da Área de Engenharia, Tecnologia e Materiais, Cármen Heloisa Côrtes Telles, apresentou o programa de Gestão de Produtividade da empresa, que tem o objetivo de acompanhar os projetos e aferir se os recursos empregados estão sendo bem aplicados nos projetos de EPC. “O trabalho permite que você mergulhe no que foi produzido, avaliando os motivos que levaram a uma paralisação ou que os trabalhadores ficaram aguardando a distribuição de tarefas”, afirmou Cármen Heloisa, que informou que 70% dos motivos da perda de produtividade estão relacionados a falhas no planejamento.
 
Integrantes do CE-EPC apresentam trabalhos de P&D conduzidos pela organização
O primeiro trabalho apresentado abordou a implementação das propostas para redução de custos e prazos na construção de unidades para indústria de óleo e gás.  Para o palestrante João Mariano, da Shell, os excessivos requerimentos nos canteiros de obra e o curto prazo para licitação e formulação de propostas estão entre os maiores vilões dos projetos epecistas. Segundo ele, as contratadas também enfrentam problemas com a compra de equipamentos e materiais no mercado nacional e mão de obra.
Gilson Faissal, que apresentou o trabalho “Maior e melhor integração da engenharia nos empreendimentos de EPC”, destacou que a grande maioria das empresas epecistas nasceu na construção civil. O palestrante enfatizou que o Centro de Excelência tem contribuído para a integração dos profissionais de engenharia com a cadeia de EPC.
“Melhorar a produtividade significa melhorar a competitividade”, afirmou Octavio Pieranti, que mostrou como a relação entre contratado e contratante pode contribuir para o bom andamento dos projetos EPC. Ele apresentou os resultados de um estudo conduzido pelo CE-EPC que avaliou contratos e realizou entrevistas para identificar cláusulas e riscos que incorreriam em perdas de produtividade e aumento dos custos envolvidos.  Como produto final, os associados do Centro de Excelência terão acesso a um modelo de contrato para análise e referência.
Danilo Gonçalves, diretor executivo do CE-EPC, explanou sobre a necessidade de disseminação da cultura de comissionamento e sua importância para o ciclo de vida dos projetos epecistas. Falou que o Centro de Excelência tem promovido capacitações e workshops para proporcionar a troca de experiência entre os profissionais e empresas sobre o tema e convidou os participantes para participar do próximo curso que será realizado em outubro próximo.
Outro trabalho em andamento é o Guia Web de Gestão da Engenharia, que está sendo elaborado por um grupo de trabalho. O conteúdo mantém o foco nos processos mapeados. Fábio van den Bylaardt avalia que o guia contribuirá para um real aumento de produtividade das empresas e informa que se o ritmo de trabalho continuar acelerado, o guia será disponibilizados até o fim deste ano.
O vice-presidente do CE-EPC, Carlos Aguiar, discorreu sobre o papel da organização e a contribuição dos associados para a construção de projetos que buscam a consolidação efetiva para a aplicação. “A razão dos projetos é conquistar a participação dos nossos associados. O Centro de Excelência congrega as grandes operadoras, além de empresas da cadeia epecista e as universidades”, informou Aguiar.
Alexandre dos Reis e Márcia Dórea Clarisse, da Firjan, apresentaram a tecnologia de Virtualização, Simuladores e Sistemas de Controle desenvolvidas pelo SENAI.  Alexandre dos Reis disse: “Em 2002, nós iniciamos uma conversa com a Petrobras, devido à dificuldade de enviar os profissionais para Aberdeen, na Noruega. Nós conseguimos entregar o simulador de lastro e processo em 2006”.
Para Márcia Dórea, os profissionais precisam ser treinados e retreinados a cada dia para garantir a segurança em um projeto de petróleo e gás. “O uso da simulação permite o ganho de tempo, de energia e HH (homem-hora de trabalho) para a indústria e o alto grau de fidelidade. O ambiente do simulado é igual ao local de execução dos trabalhos, o que facilita a tomada de decisão e melhoria dos procedimentos”, explica Márcia Dórea.
O Núcleo de Treinamento Offshore Nelson Stavale Malheiro, localizado no bairro de Benfica-RJ, possui três simuladores: o Simulador de Processos em Unidades de Produção (AmbTREI), o Simulador de Lastro e Emergência de Plataformas Offshore (MPMS - Multi Purpuose Maritime Simulator), e o Centro de Treinamento em Atmosferas Explosivas (Centro EX). Os professores do núcleo de simulação do SENAI recebem treinamento em Aberdeen.
 
Sobre o Centro de Excelência em EPC (CE-EPC)
O Centro de Excelência em EPC (CE-EPC) nasceu em 2008, como parte de uma das iniciativas do PROMINP (Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural).
O objetivo do CE-EPC é agregar e potencializar os esforços realizados pelas empresas EPCistas no atendimento da cadeia produtiva de óleo e gás e da indústria naval e offshore e aprimorar sua competitividade.
São associadas do Centro de Excelência, companhias de óleo e gás como Petrobras, Shell e Statoil, empresas da cadeia EPCista como Keppel Fels Brasil, Iesa Óleo e Gás, Mendes Junior, Odebrecht, Queiroz Galvão, Usiminas Mecânica, UTC Engenharia, entidades de classe como o Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), Organização Nacional da Indústria do Petróleo (ONIP), o Sindicato Nacional da Indústria de Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval), universidades e centros de ensino e pesquisa como Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia (COPPE), Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e Centro de Tecnologia em Dutos (CTDUT).
 
Lettera Brasil Comunicação

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