Governo de São Paulo lança Plano ABC estadual já oferecendo ferramentas para sua aplicação

29/08/2016 - Governo de São Paulo lança Plano ABC estadual já oferecendo ferramentas para sua aplicação
 
O Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, lançou na manhã desta segunda-feira, 29 de agosto, em sua sede, na Capital, o Plano Estadual de Mitigação e de Adaptação às Mudanças Climáticas Para a Consolidação de Uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura (Plano ABC-SP). O secretário Arnaldo Jardim abriu o evento destacando que o Governo do Estado já desenvolve as ferramentas para a aplicação da iniciativa.
Compromisso assumido pelo Brasil durante a COP-21, a conferência do clima, em Paris, em 2015, o Plano prevê uma série de ações que objetivam diminuir a emissão de carbono na produção agropecuária, em consonância com a tendência mundial de conservação, e adaptar o agro às mudanças climáticas causadas pelo efeito estufa. Em São Paulo, ele será executado pela Secretaria de Agricultura, em parceria com outras cinco secretarias paulistas, entidades de representação e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
A união em nome de uma produção sustentável foi destacada por Arnaldo Jardim, para quem “este compromisso que estamos celebrando é para valer. Ele se desdobrará em várias iniciativas para as quais o governo de Geraldo Alckmin, por meio da nossa Secretaria, já oferece as ferramentas necessárias”. Um exemplo é a lista de 10 linhas de financiamento do Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista – o Banco do Agronegócio Familiar (Feap/Banagro).
Com elas, o homem do campo poderá executar as ações do Plano como recuperação de áreas degradadas por erosões, Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), nascentes e matas ciliares, plantio direto na palha, floresta, sementes e mudas, pecuária de leite e desenvolvimento regional sustentável. Estimativa do secretário-executivo do Feap, Fernando Aluizio Pontes de Oliveira Penteado, aponta que estão disponíveis R$ 20 milhões para os agropecuaristas.
Dinheiro que tem grande importância, como destacou José Luiz Fontes, coordenador da Assessoria Técnica da Secretaria e um dos responsáveis pela elaboração do Plano estadual. “São linhas que se agregam para fazer essa transformação tão necessária na agricultura paulista”, disse. Para Fontes, a união com Mapa e entidades foi essencial na formulação do Plano ABC para o Estado de São Paulo, o primeiro do País a elaborar a fase estadual da iniciativa.
Vanguardismo destacado pelo próprio Ministério durante o evento. “São Paulo é o primeiro Estado que faz esse trabalho, foi o primeiro a sair com essa ideia. O Ministério e a Secretaria estarão juntos na aplicação do Plano ABC. Temos uma integração muito forte com o governo estadual”, garantiu Francisco Sergio Ferreira Jardim, superintendente do Mapa no Estado de São Paulo.
O Plano prevê ações como recuperar 15 milhões de hectares de pastagens degradadas por meio do manejo adequado e adubação; aumentar a adoção de sistemas de ILPF e de Sistemas Agroflorestais (SAFs) em 4 milhões de hectares; ampliar a utilização do Sistema Plantio Direto (SPD) em oito milhões de hectares; e ampliar a Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN) em 5,5 milhões de hectares.
Ações para proteger a natureza, como destacou o secretário do Meio Ambiente, Ricardo Salles, prometendo que “a Secretaria do Meio Ambiente apoiará a Secretaria de Agricultura”. Ele lembrou que “poucas atividades têm o meio ambiente como algo tão necessário como tem a agropecuária”.
 
Novo tempo
O Plano ABC-SP chega como o momento definitivo de produzir ao mesmo tempo em que se conserva os recursos naturais, uma mudança de mentalidade necessária em tempos de aquecimento global e aumento mundial do consumo de alimentos. Um dos destaques dessa mudança é a ILPF, apresentada no evento pelo ex-ministro da Agricultura e presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), Alysson Paolinelli. A ILPF já é desenvolvida pela Secretaria com sucesso em áreas da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta).
Destacando a “plêiade de profissionais que se dispuseram a dar sua contribuição para o Plano” e os ganhos da Integração, Paolinelli atentou que “nós temos que inovar na agricultura tropical, criar novas condições de produção. Precisamos criar novos conceitos que este tipo de agricultura nos permite. A ILPF são as três safras ao ano em uma só”.
Mudança necessária também de acordo com Elvison Nunes Ramos, coordenador-geral de Produção Sustentável do Ministério, para quem “estamos construindo a base da nova revolução agropecuária brasileira. Nosso principal ator nesse processo é o produtor rural”. Ele destacou ainda a união entre os governos e as entidades como decisiva para “colocar na cabeça do agricultor a convicção de que ele precisa fazer uma agropecuária mais sustentável”.
A construção do Plano ABC em São Paulo foi capitaneada pela Secretaria de Agricultura em parceria com as secretarias estaduais do Meio Ambiente; de Saneamento e Recursos Hídricos (SSRH); de Energia e Mineração (SEM); da Justiça e da Defesa da Cidadania (SJDC); e de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (SDECTI).
Também participaram Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp), Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Pecuária Sudeste, Embrapa Meio Ambiente, Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq), Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do Estado de São Paulo (Fetaesp), Observatório do ABC- Fundação Getúlio Vargas (FGV), Banco do Brasil (BB), Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e Associação Brasileira do Agronegócio (Abag).

Por: Hélio Filho
Assessoria de Comunicação
Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo

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