Siemens vai investir em projetos inovadores gerados no Brasil

siemens2.jpgSiemens vai investir em projetos inovadores gerados no Brasil

Start-ups com soluções nas áreas de energia e biocombustíveis podem receber até U$ 1 milhão em investimentos e apoio conceitual no processo de expansão

A Siemens vai investir em projetos e start-ups brasileiras inovadoras com grande potencial de crescimento.  O objetivo do New Ventures Forum é identificar no País ideias ou negócios com potencial de sucesso que possam complementar o portfólio mundial da Siemens em diversos setores, principalmente nos assuntos voltados às soluções para energia, abrangendo subáreas possíveis como eólica, fotovoltaica, armazenamento de energia etc., e no processo produtivo de biocombustíveis. “O Brasil tem demonstrado capacidade para empreender e inovar muito grande em temáticas estratégicas, por isso foi o terceiro país, depois da China e Estados Unidos, a ter esse programa lançado. O nosso objetivo é ajudar a desenvolver esse potencial em bases sólidas e, para isso, estamos dispostos a compartilhar conhecimento know-how em negócio e investir recursos”, afirma Ronald Martin Dauscha, diretor de Tecnologia e Inovação da Siemens no Brasil.
Para participar do programa, os interessados deverão apresentar um sumário executivo de até duas páginas com seus projetos ou negócios que se encaixem no escopo de investimento e capacidade de execução até o dia 15 de junho pelo site www.siemens.com.br/ttbx-brasil. Além de toda assistência e suporte profissional na fase de avaliação, os projetos selecionados receberão, em uma primeira rodada de investimento, até um milhão de dólares.
A iniciativa, aberta ao público geral, reforça o compromisso da empresa com a inovação aberta e é mais uma ação direcionada ao desenvolvimento tecnológico do País. Com duração total de seis meses, incluindo o período de inscrição e avaliação, os candidatos finalistas serão conhecidos durante evento para análise dos projetos e capacitação dos empreendedores, visando um potencial investimento pela companhia através da área Technology To Business (TTB), que atua como um fundo de investimento corporativo em negócios nascentes.
O apoio fornecido pela Siemens a projetos promissores ocorre em um cenário bastante favorável. Em todo o mundo, as start-ups, como são conhecidas as empresas formadas por grupos de pessoas que se unem à procura de um modelo de negócio rentável, surpreendem com grandes ideias e inovações, normalmente desenvolvidas por jovens empreendedores. Com grandes expectativas para economia nacional, o Brasil se destaca como um mercado aquecido e atraente para criar novos projetos. Dados do Global Entrepreneurship Monitor (GEM), grupo que avalia o nível de empreendedorismo em 59 países, apontam que dos novos negócios registrados no País, 17,4% foram desenvolvidos por pessoas entre 18 e 24 anos. Em 2002, os jovens respondiam por apenas 10%. O levantamento feito em 2010 mostra ainda que entre as pessoas de 25 a 34 anos, o número saltou de 18,6% para 22,2%.
Como já ocorre nos Estados Unidos e na China, a Siemens fará um investimento via equity, ou seja, a empresa se tornará sócia do negócio na proporção do volume investido, assumindo os riscos relacionados. Diante do potencial de sinergia, atratividade e maturidade dos projetos, a companhia poderá atuar ainda como incubadora, prover assistência permanente, treinamentos e acesso facilitado aos grupos de pesquisa e mercado.
 
Processo seletivo
A avaliação será realizada em três etapas. Na primeira delas, profissionais da Siemens e conselheiros externos selecionarão até 30 dos sumários executivos enviados, com base na relevância global da ideia, sinergia estratégica, grau de inovação, equipe, potencial de negócio, necessidade de investimento e tempo necessário até o ponto de comercialização. A segunda etapa consiste em uma entrevista, onde serão escolhidos de seis a dez empresas ou projetos, no caso da proposta ser oriunda de pessoa física. A terceira e última etapa, prevista para setembro, consiste em um evento de quatro dias, em que os projetos serão apresentados, seguidos de treinamentos aos empreendedores e demonstração dos negócios da Siemens, como uma bateria de pequenos cursos na área de negócios. Ao final de evento, os empreendedores terão a chance de reapresentar os projetos.  Após esta etapa, será tomada a decisão de investimento pelo lado da Siemens.
A primeira rodada de investimento pode chegar a U$ 1 milhão, com possibilidade de outras rodadas. O projeto deve exigir, no máximo, dois anos para alcançar o ponto de comercialização.
 
Siemens em inovação
Atualmente, a Siemens é considerada uma das empresas mais inovadoras no mundo, com mais de oito mil invenções por ano e 60.000 patentes ativas. No Brasil, a empresa mantém seis centros de pesquisa, desenvolvimento e engenharia avançada, com destaque especial para soluções e produtos para o setor de energia.
Em 2011, a empresa foi eleita a companhia que melhor administra e incentiva iniciativas de inovação entre as empresas de médio e grande porte no setor industrial do País pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). No mesmo ano, a Siemens estreou entre as cinco empresas mais inovadoras do Brasil no prêmio Best Innovators 2011, na categoria Organização e Cultura de Inovação.
Entre outras ações desenvolvidas pela empresa por meio da ferramenta de inovação aberta estão o Siemens Student Award, concurso que premia as melhores inovações para o desenvolvimento sustentável das cidades, e o Smart Grid Innovation Contest, com ideias voltadas para Smart Grids (redes inteligentes).
 
Sobre o Grupo Siemens no Brasil
A Siemens está presente no Brasil há mais de cem anos e é atualmente o maior conglomerado de engenharia elétrica e eletrônica do país, com suas atividades agrupadas em quatro setores: Industry, Energy, Healthcare e Infrastructure & Cities. As primeiras atividades da empresa no Brasil datam de 1867, com a instalação da linha telegráfica pioneira entre o Rio de Janeiro e o Rio Grande do Sul. Em 1895, no Rio de Janeiro, era aberto o primeiro escritório e, dez anos mais tarde, ocorria a fundação da empresa no país. Ao longo do século passado a Siemens contribuiu ativamente para a construção e modernização da infraestrutura do Brasil. Hoje, os equipamentos e sistemas da Siemens são responsáveis por 50% da energia elétrica gerada no País, 30% dos diagnósticos digitais por imagem realizados no Brasil e estão presentes em 2/3 de todas as plataformas offshore brasileiras projetadas nos últimos 8 anos. No Brasil, o Grupo Siemens conta com 10.170 colaboradores, 13 fábricas e 6 centros de pesquisa e desenvolvimento espalhados por todo o País, sendo que o sétimo centro – em tecnologias submarinas em óleo e gás - está em construção e deverá ficar pronto em dezembro deste ano na Ilha do Fundão no Parque Tecnológico da UFRJ.

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