Na Copa da sustentabilidade, o Brasil já é o campeão

arena_amazonia.jpgNa Copa da sustentabilidade, o Brasil já é o campeão
 
Por Marcos Casado*
Várias ações de sustentabilidade foram previstas para a Copa do Mundo, através do trabalho coordenado pela CTMAS - Câmara Temática de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Copa 2014, liderado pelo Claudio Langone do Ministério dos Esportes, entre elas a Certificação Ambiental das Arenas, onde todas as 12 sedes buscam a certificação LEED, o programa Brasil Orgânico e Sustentável, com quiosques instalados em mais de 10 cidades sedes destacando a diversidade da origem

dos produtos, e a combinação de geração de renda, inclusão social e proteção ambiental, o Passaporte Verde, são Roteiros indicados pelas Cidades e Estados Sede de projetos e áreas que não podem deixar de ser conhecidos pelo inúmeros estrangeiros que estarão conhecendo o Brasil, o Programa de Resíduos e Reciclagem com enfoque na coleta seletiva e inclusão dos catadores com um grande número de catadores envolvidos, as cooperativas e associações beneficiadas, e as campanhas educativas, além do volume de material que irá para reciclagem e a expectativa de geração de renda para os trabalhadores, no trabalho desenvolvido nas arenas e nas áreas de entorno e Fan Fests e a Compensação e Mitigação de emissões, com a Gestão de Gases de Efeito Estufa (GEE) da Copa, através da doação de RCEs e do Selo baixo Carbono e diversas outras medidas de mitigação identificadas, com destaque para a certificação das arenas, planos de resíduos, ciclovias, planos de mobilidade, uso de trens e metrô, uso de biodiesel em geradores etc., a estimativa das emissões de GEE relativas à Copa do Mundo Fifa 2014 no Brasil, para as 12 cidades-sede, chega a um total de 1,4 milhão de toneladas de CO2, considerando as viagens aéreas.
Todas as 12 Arenas da Copa adotaram medidas de sustentabilidade na construção, com medidas concretas que podem ser mostradas na prática. Hoje 5 Arenas já estão certificadas: Fortaleza, Salvador, Maracanã, Recife e Manaus, temos a expectativa de que mais algumas obtenham os certificados nos próximos dias (Mineirão, Estádio Nacional de Brasília e Arena da Baixada).

Com isto já podemos estimar os ganhos desta iniciativa:
A Arena Manaus, obteve os seguintes resultados: Água: Redução do consumo = 68%; Energia: Redução do consumo = 13%; Resíduos: Reciclagem = 83%.
Avaliando apenas os 3 critérios acima, de vários outros que são considerados no processo de certificação, podemos entender o ganho que isto representou.
A economia média de 13% de energia, representa cerca de 421.587 kwh/ano, levando em consideração que o consumo total de energia de todas as residências de Manaus em 2013 foi de 3.542.301MWh, esta economia seria suficiente para atender cerca de 620 residências por um mês.
A economia média de 68% da água representa cerca de 5,1 milhões litros de água por ano, levando em consideração que a o consumo médio de água por habitante em Manaus é de 150 l/pessoa/dia, esta economia é suficiente para atender cerca de 282 residências de médio padrão com 4 pessoas por um mês.
O desvio de 68% dos resíduos de construção dos aterros sanitário na Arena Manaus representou um desvio de 1,33 milhões de toneladas, levando em consideração que Manaus gera cerca de 3.811 ton/dia, isto equivale uma sobre vida de 11,6 meses.
Apesar dos números muito positivo acima, esta não foi a maior conquista, nossa maior vitória foi conseguir introduzir esta nova cultura nas construções brasileiras, dando ao Brasil o título de CAMPEÃO da sustentabilidade de todas as copas já realizadas.
 
* Marcos Casado – Diretor Técnico e Comercial da Sustentech Desenvolvimento Sustentável
 
Imagem: divulgação
GWA Comunicação

 

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