Mobilidade urbana depende de investimentos em infraestrutura

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“O Governo do Estado de São Paulo vai investir R$ 45 bilhões nas obras de ampliação dos transportes sobre trilhos, no período 2012/2015, sendo R$ 29,9 bilhões no Metrô”.

A afirmação foi feita pelo secretário dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, no Fórum sobre Investimentos para Modernização e Ampliação da Rede Ferroviária, realizado no SINICESP, dia 19 de junho.
O evento contou, ainda, com exposição do presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária - Abifer, Vicente Abate. Como mediadora, atuou a jornalista Mônica Teixeira, da TV Cultura. Compareceram os presidentes da Aneor, José Alberto Pereira Ribeiro, e do Sinaenco, José Roberto Bernasconi. Os trabalhos foram conduzidos pelo engenheiro Silvio Ciampaglia, presidente do SINICESP.
 
Trilhando o desenvolvimento
O presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária, Vicente Abate, primeiro a expor, disse que a missão de sua entidade é fomentar o crescimento da indústria ferroviária instalada no país. Destacou que estão sendo feitos fortes investimentos na ampliação e modernização das instalações fabris existentes, incluindo novas fábricas e tecnologias de ponta.
Entre as inovações, destacou o vagão gôndola para o transporte de minério de ferro, vagões para transporte de açúcar a granel, de contêineres e para o transporte de fardos de celulose. Na produção de locomotivos, máquinas diesel-hidráulicas. Para passageiros, carros com ar condicionado, sistema de prevenção, circuito fechado de TV e portas mais amplas. A produção da indústria brasileira se destina às redes ferroviárias e do Metrô.
Segundo Vicente Abate a matriz de transporte de carga, no Brasil, ainda tem nas rodovias o principal meio de escoamento, com 60%, seguindo-se as ferrovias, com 25%. A previsão, considerando projetos em execução e programas previstos para os próximos anos, é que haja uma inversão, decorrência também da extensão territorial do país, com maior utilização do transporte ferroviário e aquaviário.
O presidente da Abifer lembrou alguns investimentos públicos relevantes para a política de ampliação da malha ferroviária: Norte-Sul (Açailândia/Palmas/Anápolis/Ouro Verde/ Estrela do Oeste), Integração Oeste-Leste (Ilhéus/Barreiras). Integração Centro-Oeste (Rio Verde/Vilhena), Ferroanel de São Paulo e contornos ferroviários de Araraquara, São Paulo, e São Francisco do Sul, Santa Catarina.
No tocante a passageiros, Vicente Abate vê o futuro com otimismo. Enfatizou que o sistema metroferroviário urbano transportou, em 2011, 2,26 bilhões de passageiros. Para São Paulo, os indicadores são promissores, com a extensão da Linha-9, Grajaú-Varginha, Expresso ABC, Expresso Oeste-Sul, Ligação Alphaville e Linha 13 – Aeroporto de Guarulhos. Com referência ao Metrô, Linha 17 (monotrilho), extensão da Linha 2 (monotrilho), término da linha 4 e expansão da Linha 5, além dos projetos Brasilândia/São Joaquim, Tamanduateí/Alvarenga e Vila Prudente/Via Dutra.
Por fim, disse acreditar na viabilidade do TAV – Trem de Alta Velocidade, ligando São Paulo ao Rio de Janeiro. Informou que os editais estão sendo preparados, com outra formatação. Outros planos visam a construir ferrovias ligando Campinas a Belo Horizonte e Uberlândia a Brasília. Quanto aos gargalos do setor, representados pela falta de mão de obra qualificada, adiantou que estão em andamento projetos em parceria com o SENAI e universidades destinados a capacitar trabalhadores.
 
Mobilidade urbana
O secretário dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, enfatizou o trabalho desenvolvido pelo governador Geraldo Alckmin para eliminar gargalos e melhorar a mobilidade urbana. Com este objetivo, estão projetados investimentos maciços na ampliação do Metrô e da CPTM – Companhia Paulista de Trens Metropolitanos.
As metas da Secretaria dos Transportes Metropolitanos visam a dar mobilidade sustentável às cidades. Os programas em execução buscam integrar modos motorizados públicos e não-motorizados, municipais e metropolitanos, melhorar a eficiência do transporte, atender os novos conglomerados e adotar soluções tecnológicas.
Jurandir Fernandes informou que, atualmente, a rede metroferroviária paulista conta com 335 km de extensão, incluindo 5 linhas do Metrô e 6 da CPTM. Diariamente, 7,2 milhões de pessoas utilizam os serviços em seus deslocamentos, ou seja, seis mil por minuto. No momento, para melhorar o atendimento ao usuário o Governo está procedendo à compra de mais 122 trens.
 
Mobilidade urbana depende de investimentos em infraestrutura
Segundo Jurandir Fernandes, até 2014 serão construídos mais 30 km  destinados à ampliação do Metrô e monotrilhos. Lembrou que o Governo de São Paulo está assinando novo contrato de financiamento no valor de R$ 1,472 bilhão com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para o prolongamento da Linha 2-Verde do Metrô e modernização das estações da Linha 8-Diamante da CPTM.
Há, ainda, projetos em elaboração, alguns em parceria com o governo federal, para ligações ferroviárias entre Santos e Sorocaba, e São Paulo a Jundiaí, além de trens regionais e do Ferroanel – Sul e Norte. O Governo do Estado de São Paulo vai investir R$ 45 bilhões nas obras de ampliação dos transportes sobre trilhos, no período 2012/2015, sendo R$ 29,9 bilhões no Metrô.
Jurandir Fernandes enfatizou que a política de mobilidade urbana depende de investimentos em infraestrutura, necessárias ao desenvolvimento paulista e do país. Somente a infraestrutura dará ao Brasil o impulso para o progresso e a satisfação do bem estar da população.
 
Foto: Divulgação - Arquivo Engenharia
Imprensa Sinicesp

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