Brasil é nova pátria dos equipamentos coreanos com 50 mil m² de área construída

30/03/2012 - Brasil é nova pátria dos equipamentos coreanos

Doosan investe R$ 130 milhões na construção de fábrica brasileira, com 50 mil m² de área construída. A planta é a primeira da empresa na América Latina e produzirá anualmente cerca de 2000 escavadeiras hidráulicas
 
A chegada da marca Doosan no Brasil é vista como quebra de paradigmas no mercado de equipamentos na América do Sul. Ano após ano, a empresa torna evidente o know how que a faz liderar o mercado asiático e a torna uma das marcas mais requisitadas nos canteiros ocidentais, por atender às necessidades mais importantes para o setor – fornecer produtos de elevada resistência, fácil assimilação tecnológica, custo acessível, e pós-venda consolidado.
Em 2007, quando os equipamentos Doosan começaram a ser fornecidos no País, as marcas coreanas ainda sofriam resistência por parte dos empreiteiros, e a empresa precisou não apenas comprovar a seriedade e elevada tecnologia dos produtos, mas principalmente se tornar aliada dos clientes, ao garantir máquinas com disponibilidade operacional. “Foi com base nesses princípios que estruturamos nossa rede de dealers, com distribuição de peças e pós-venda eficiente, o que garantiu forte aceitação dos nossos produtos”, explica o presidente da Doosan Infracore South America, Donghoon Lee.
A aceitação e a confiabilidade dos produtos e a crescente demanda do mercado brasileiro de construção, levou a Doosan Infracore Construction Equipment a investir R$ 130 milhões na construção de sua fábrica no Brasil. A unidade já está sendo construída no distrito industrial de São Jerônimo, na região de Americana, no interior de São Paulo. A inauguração está prevista ainda 2012.
Com 160 mil m² de área, sendo 50 mil m² de área construída, a planta será a primeira da Doosan na América Latina e deve gerar inicialmente 300 empregos diretos, além de buscar empresas fornecedoras de componentes para homologação. A fábrica será responsável pela produção anual de cerca de 2.000 escavadeiras, modelo DX 225 LCA, para atender setores como construção civil, areia e agregados.
“Os equipamentos devem atender tanto a empresas de locação, como empreiteiras e prestadores de serviço. O Brasil despontou com otimismo nos segmentos de obras de construção e infraestrutura, ao contrário da estagnação sentida nos Estados Unidos e na Europa. O País segue em um contínuo e sólido crescimento, o que alavanca oportunidades para o mercado de equipamentos”, diz Lee. Além da fábrica, a empresa tem escritório na região da Av. Paulista e está implantando um Centro de Distribuição de Peças de aproximadamente 10.000 m² na região industrial de Campinas, de onde fornecerá itens de reposição para abastecer os dealers.
Ele enfatiza que a Doosan investe num projeto consistente para o Brasil, com olhar em tecnologia e geração de empregos, apostando em desenvolvimento. “O mercado hoje está muito exigente e o país é visto hoje como um dos melhores para se investir. Para se ter ideia, desde 2007 as vendas da Doosan aumentaram 25% no País”, diz Lee.
Presente em 23 países, a Doosan Infracore está entre as cinco maiores empresas do mundo na fabricação de equipamentos para construção. Os principais produtos são escavadeiras, pás carregadeiras, caminhões articulados, empilhadeiras, motores, compressores de ar, geradores, martelos rompedores e ferramentas para maquinários.
Com sete fábricas instaladas em vários continentes – quatro na Ásia, duas na Europa e uma no Brasil – a empresa tem mais de 12 mil colaboradores e uma rede de 3.500 revendedores em todo o mundo, atingindo cerca de US$ 21,3 bilhões em vendas anuais. Com isso, a pretensão é de que chegue, até 2015, à terceira posição mundial na indústria de construção civil.
A Doosan Infracore é proprietária de marcas de renome mundial, incluindo Doosan, Bobcat, Montabert, Geith, Moxy Doosan e Doosan Portable Power.
 
Bobcat – sinônimo de mini máquinas
Marca pertencente à Doosan International, a Bobcat possui uma completa linha de produtos que inclui minicarregadeiras e miniescavadeiras com rodas ou esteira, veículos utilitários, manipuladores telescópicos e implementos com diversos tipos de aplicação também nos setores florestal, agrícola, de paisagismo, de serviços públicos e de mineração.
Para a companhia, o mercado brasileiro é o principal do bloco que inclui a América Latina, a Ásia, Pacífico e os demais mercados emergentes, com exceção da China.
“No País, a Bobcat é a primeira colocada na comercialização de equipamentos compactos”, ressalta o Gerente Comercial da Bobcat no Brasil, Alberto Rivera.
A Bobcat foi fundada nos EUA há mais de 60 anos com um desafio: inventar uma máquina que fosse capaz de facilitar o trabalho em espaços confinados. Para que pudesse transitar, o equipamento precisaria ser compacto e, para realizar o trabalho, deveria ser capaz de girar sobre seu próprio eixo. Além disso, era necessário ser robusto o suficiente para dar conta do serviço pesado.
Nascia, assim, a primeira minicarregadeira do mundo, com três rodas, um motor de 6 HP e  garfos frontais construídos com barras de ferro tiradas das grades da cadeia local, único material considerado forte o suficiente para dar conta do serviço. Hoje, a empresa conta com mais de mil distribuidores, em cerca de cem países.
O nome Bobcat em português significa “lince”, uma referência ao animal selvagem conhecido por sua resistência, agilidade e rapidez. A marca chegou ao País no início da década de 90 trazendo tecnologia e inovação.  Sediada em West Fargo, Dakota do Norte, possui dois escritórios nos Estados Unidos – Bismark (DN) e Suwanee (GA) – e quatro fábricas – Gwinner (DN), Wahpeton (DN), Litchfield (MD) e Statesville (NC). A marca também tem forte atuação na Europa, na Ásia e na América do Sul, com equipes administrativas na Bélgica, em Cingapura, na Índia, na China e no Brasil.
Para abastecer o mercado internacional, outras fábricas foram estrategicamente implantadas na França, na República Tcheca e na China, além de centros de distribuição de peças em Chicago (IL) e Mülheim, na Alemanha, laboratórios de pesquisa e desenvolvimento em Fargo (DC) e em Tucson (AZ).