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27/05/2014 - Foz do Iguaçu sedia encontro inédito nas Américas sobre energia renovável e igualdade de gênero

A partir desta quarta-feira (28/5), dez empresas brasileiras e seis latino-americanas trocam experiências e firmam agenda de trabalho comum para políticas e estratégicas nacionais de energia, estímulo à igualdade entre mulheres e homens nos postos de trabalho e uso da energia para o empoderamento econômico das mulheres
Nesta quarta e quinta-feira (dias 28 e 29), será realizado em Foz do Iguaçu o 1º Encontro Regional Energia Renovável, Mobilidade Elétrica e Igualdade de Gênero. O encontro, no Parque Tecnológico Itaipu, reúne representantes de empresas do setor energético e especialistas do Brasil, Paraguai, Argentina, Chile, Colômbia, Cuba e Uruguai. O evento é promovido pela Itaipu Binacional, pela ONU Mulheres e pelo PNUD (Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas).
Serão abordados os desafios para estimular a igualdade de gênero no interior das empresas e a contribuição da perspectiva de gênero na produção, uso e no consumo de energia renovável. Pelo Brasil, são dez empresas e instituições participantes: Furnas, Eletrobrás, Eletronuclear, Itaipu, Eletronorte, Fibra, Eletrosul, Caixa Econômica Federal, Fundação Itaiguapy e Secretaria de Manutenção Urbanística do Amapá. Dentre as demais latino-americanas, estão: Enel (Chile), Fundação YPF (Argentina), Grupo Energía Bogotá (Colômbia), Mujer Ospina (Chile), Pemex (México) e UTE (Uruguai) e Itaipu Binacional.

Sustentabilidade
Os debates levarão em conta a iniciativa do secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, “Energia sustentável para todos”, que tem como objetivo garantir o acesso universal aos serviços de energia moderna até 2030. São ações propostas: duplicar a quantidade de energia renovável na matriz energética, melhorar a taxa de eficiência energética e eliminar gradualmente os subsídios dos combustíveis fósseis.

Igualdade de gênero
Ao adotarem políticas de igualdade, as empresas do setor energético podem colaborar para a equidade de gênero nas corporações adotando iniciativas preconizadas pelo Projeto Regional Selos de Igualdade de Gênero, do PNUD; pelo Programa Pró Equidade de Gênero e Raça, da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR), e pelos Princípios de Empoderamento das Mulheres – Igualdade significa negócios, da ONU Mulheres e do Pacto Global.
Uma pesquisa feita pela Olade, em 2012, somente quatro países – Uruguai, Nicarágua, México e República Dominicana – de um total de 13 participantes do estudo, haviam alcançado níveis satisfatórios na distribuição de cargos de decisão política e estratégica para as mulheres. A mesma pesquisa revelou que Equador, El Salvador e Peru apresentavam como tendência a concentração de mulheres em áreas administrativas e de homens nos setores de decisão.
Além de equiparar a distribuição de postos de trabalho entre mulheres e homens, especialmente nos cargos de tomada de decisão, as empresas são chamadas a atuar de forma responsável ao reduzirem o impacto ambiental de suas intervenções na vida de mulheres e homens.
No encontro, além de palestras e debates, estão previstas visitas aos projetos de energia renovável da Itaipu. A empresa, pioneira do setor elétrico no Brasil a adotar práticas de equidade de gênero, é também a primeira a adotar programas de mobilidade elétrica e de incentivo às energias renováveis.

Biogás
A Plataforma Itaipu de Energias Renováveis, um dos mais importantes programas da empresa, procura demonstrar a viabilidade do biogás, produzido a partir de dejetos de animais. Uma unidade de microgeração de energia a partir do biogás garante autonomia elétrica ao produtor e, ainda, uma renda extra, com a venda do excedente à concessionária.
Duas experiências práticas já mostram bons resultados. Uma delas é a granja Colombari, em São Miguel do Iguaçu, pioneira na produção de biogás. Com um plantel de 4 mil suínos, a granja tem autonomia em eletricidade e, desde 2009, ainda vence o excedente à Copel.
A outra experiência é no Condomínio de Agroenergia para Agricultura Familiar Sanga Ajuricaba, em Marechal Cândido Rondon. Os dejetos de suínos e do gado leiteiro de 33 pequenas propriedades rurais são transferidos para biodigestores, onde é extraído o biogás. Depois, numa central termelétrica, esse biogás vira energia. A matéria orgânica que passa pelo biodigestor transforma-se em biofertilizante de alta qualidade.

Programa VE
Itaipu é pioneira no setor elétrico do Brasil a investir num programa de veículos movidos à eletricidade. Em oito anos, numa parceria com várias empresas, já foram desenvolvidos e montados, num galpão da área industrial da usina, mais de 80 protótipos, incluindo automóveis, caminhão elétrico, miniônibus elétrico, utilitário 4x4 e até um ônibus híbrido, a álcool e eletricidade.
Desde 2012, as pesquisas também abrangem a bateria, o “coração” de um elétrico. As pesquisas, desenvolvidas por meio de convênio entre o Parque Tecnológico Itaipu, a empresa suíça Battery Consult e o Centro de Pesquisas de Energia Elétrica, querem levar à produção de uma bateria de sódio nacional, tecnologia que também pode servir para levar eletricidade a comunidades isoladas.

Itaipu Binacional

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