Estudantes de Arquitetura da FAAP desenvolvem projetos sustentáveis

30/06/2016 - Estudantes de Arquitetura da FAAP desenvolvem projetos sustentáveis
 
Alunos da FAAP desenvolvem produtos, com base na redução, reciclagem e reutilização de materiais. Eles aprendem a criar por meio do experimentalismo e compartilhamento
 
Sustentabilidade é a palavra-chave do curso de Arquitetura da Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP). Desde 2008 os alunos do terceiro semestre desenvolvem propostas de reciclagem, para a aula de Morfologia da Estrutura, observando as características funcionais e estruturais de materiais descartados. Cada turma apresenta produtos inovadores, utilizando materiais diferenciados e destinados a vários segmentos da construção civil.
"É importante conscientizar os futuros profissionais sobre a necessidade de desenvolver produtos, com base na sustentabilidade", assegura a professora dos cursos de Engenharia e Arquitetura e Urbanismo da FAAP, Sasquia Obata, para quem o objetivo é ensinar os jovens a empreender - de forma prática - com sustentabilidade e trabalhar o aprendizado pelo método problem based learning (aprender com base em problemas).
"A criação de produtos é pautada pela desmaterialização e aplicação dos 3 Rs - redução, reuso e reciclagem, criando produtos para a arquitetura e construção com componentes das mais diversas áreas produtivas e de consumo", explica a professora, detalhando a variedade de materiais para revestimentos,  como garrafas de pet, potes de esmaltes descartados, placas impermeáveis a partir de  entulhos, isolamentos térmicos e acústicos com filtros de carro etc.
Entre os projetos apresentados neste final do primeiro semestre  destacam-se placas de revestimentos de paredes e mobílias com garrafas de pet; placa para pisos, criadas a partir do aproveitamento de resíduos da construção civil e do plástico automotivo reciclado; pastilhas para revestimentos de parede e piso, a partir de matérias-primas recicladas do plástico, metal e papel; e o piso cerâmico com coloração desenvolvida com tinta em pó reciclada.
O método de ensino, segundo a professora, muda a postura das aulas tradicionais e teóricas, conduzindo o aluno ao protagonismo da ação. Ao empreender sobre um problema, como a redução de consumo de recursos naturais não renováveis, por exemplo, o aluno - como futuro profissional - aprende a mensurar o impacto que a substituição de materiais pode trazer para a construção civil. A professora atua ainda como tutora, colaborando na discussão e resolução dos problemas de forma conjunta.
"Esse formato de ensino é uma mudança de cultura que exige maior agilidade do docente na busca de conhecimentos fronteiriços e de inovações, além de atender as novas dúvidas dos alunos - às vezes não imaginadas - e utilizar mais os laboratórios e laboratoristas", destaca a professora, lembrando que é muito bom ver o empenho dos alunos em aprender  pelo experimentalismo e compartilhamento.
 
WN&P COMUNICAÇÃO