Medidores de umidade são alternativa para evitar desperdícios de água e danos em construções

01/07/2015 - Medidores de umidade são alternativa para evitar desperdícios de água e danos em construções
 
danilo_flir.jpgAparelho que detecta vazamentos e infiltrações contribui com a segurança e integridade de casas, apartamentos e outras obras
Tempo seco, crise hídrica, inflação. Como essa combinação pode influenciar diretamente na vida dos brasileiros? Esse tem sido um questionamento recorrente entre diversos setores econômicos do País e, ao que tudo indica, serão nas pequenas ações que o problema tende a ser enfrentado. Com a chegada do inverno - quando a incidência de chuva é menor e com a baixa nos principais reservatórios que abastecem centenas de cidades - cresce a preocupação e a necessidade de se prevenir desperdícios de água. Além disso, em tempos em que os números da inflação batem recordes, pequenos vazamentos em domicílios e obras podem acarretar em um aumento significativo na conta de água no fim do mês.
Uma alternativa que pode evitar situações como essa são os chamados medidores de umidade, aparelhos capazes de mensurar a intensidade de vazamentos e infiltrações em paredes, tubulações, vigas, colunas etc., tanto em ambientes domésticos quanto industriais.
Indicados para profissionais dos setores de construção e manutenção predial, a ferramenta é fundamental principalmente em obras que são executadas dentro das mais rigorosas especificações técnicas, como explica o engenheiro civil Carlos Eduardo Sikorski. “Aparelhos como esse são indispensáveis para assegurar que o teor de umidade fique dentro do especificado pelo projeto que está sendo trabalhado. Com ele, é muito mais fácil detectar vazamentos e infiltrações, bem como assegurar que o serviço está sendo bem feito”, disse.
Existem diferentes modelos do produto no mercado, mas um, em especial, desenvolvido nos Estados e Unidos e recentemente lançado no Brasil, pode garantir a identificação instantânea de um foco de umidade e dados mais precisos do volume do vazamento. Chamado de MR160, o aparelho, criado pela FLIR Systems Inc., possui uma tecnologia única de medição por infravermelho, capaz de identificar pontos de umidade por meio da temperatura.
“O aparelho foi criado com a intenção de facilitar o trabalho dos profissionais que atuam no setor de obras e evitar que os materiais de acabamento posteriormente aplicados – como pisos, azulejos, assoalhos de madeira e outros – venham sofrer deterioração devido ao excesso de umidade”, explica Danilo Bonato, gerente de vendas da FLIR Systems.
Através de uma câmera termográfica integrada, que possui resolução de 80x60 pixels, somada à medição guiada por infravermelho, é possível identificar pontos frios e posteriormente mensurar o nível da umidade no local. O aparelho também é o único atualmente que oferece a opção de medição sem contato com o material, que acaba por evitar danos nas superfícies analisadas, como concreto, gesso e madeira.
Esse aparelho poderia facilmente ter auxiliado a administradora de empresas Sandra Rodrigues. Responsável por uma loja de insumos agrícolas em Piedade (SP), Sandra precisou investir uma boa quantia em dinheiro para consertar um vazamento no local. Ela conta que pouco antes de descobrir o problema, uma pequena reforma havia sido feita na loja e nenhum indício de vazamento foi percebido a tempo. “Verificamos que a conta de água veio com um valor altíssimo, mas só nos demos conta da proporção do vazamento quando um dos cantos da parede começou a verter água”, contou. “Depois de contatar um técnico, soubemos que a situação poderia facilmente ter sido evitada se tivéssemos monitorado a obra com um aparelho como esse”.
Para o engenheiro Carlos Eduardo, que ainda não conhecia o novo aparelho, a vantagem do método de medição da umidade sem contato tende a aperfeiçoar, e muito, o trabalho dos profissionais, além de garantir mais comodidade ao responsável pela obra ou o dono do domicílio afetado pelo problema. “É um método bem interessante, muito melhor que o tradicional, se considerarmos que não haverá retirada de amostras, isto é, não ocorrerá dano ou interferência na área ou superfície analisada”, considerou.
 
Foto: divulgação
Jatobá Comunicação